Caso Ana Hickmann: como procurar ajuda em casos de violênciaReprodução internet
Caso Ana Hickmann: como procurar ajuda em casos de violência
No Rio, poucas mulheres que registraram agressões tinham medida protetiva
Olá, meninas!
Um caso chocante envolvendo a apresentadora Ana Hickmann deixou o público revoltado no último fim de semana. A artista acusou o marido, Alexandre Côrrea, de agressão. Segundo o boletim de ocorrência, ele teria empurrado a apresentadora contra a parede e ameaçado dar cabeçadas nela. Depois, Alexandre teria fechado a porta da cozinha em cima do braço de Ana.
Esse é mais um caso de violência envolvendo uma mulher. E infelizmente não será o último. Agressões contra as mulheres acontecem em todas as gerações, classes sociais, famílias. E na maioria das vezes o agressor é sempre uma pessoa próxima: o marido, namorado ou companheiro. Até quando? Esse é um tema recorrente de alertas e campanhas, mas a cena continua se repetindo. Um caso como esse aconteceu com uma mulher poderosa como a Ana. Imaginem com tantas outras mulheres?
Mas quais são as medidas previstas na Lei da Maria da Penha? Como a mulher pode se proteger e o que ela precisa fazer nos casos de violência? Para saber mais, conversamos com a delegada Fernanda Fernandes, da Delegacia de Atendimento à Mulher de Caxias, que é uma grande defensora dos direitos da mulher.
“A artista foi na delegacia, prestou queixa, mas não quis as medidas protetivas. Isso acontece muito, algumas mulheres preferem não solicitar. A vítima tem esse direito. Outro ponto é que essas situações sempre têm sinais e eu costumo dizer que onde falta respeito começa a violência. Seja violência moral, patrimonial ou física, no primeiro sinal de violência a vítima tem que procurar ajuda e denunciar”, explica a delegada.
Dados divulgados no mês passado pelo Dossiê Mulher, do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro, mostraram que no ano passado 111 mulheres foram vítimas de feminicídio no Estado. Entre as mortes, 70 mulheres já tinham sido vítimas de algum tipo de violência antes e não procuraram a polícia para registrar as agressões.
“Infelizmente, dos casos de feminicídio no Rio ano passado, poucas mulheres que registraram agressões tinham medida protetiva. Essa medida sempre assegura uma proteção maior à mulher. É muito importante denunciar e solicitar a medida. E para quem estiver sofrendo esses casos de agressão é só procurar uma delegacia especializada ou os canais de denúncia, como ligar para o 190 ou para o 197, ou buscar ainda o app Rede Mulher. São inúmeros canais o que não pode é ficar calada, a violência tem pressa”, explicou Fernanda Fernandes.
Para saber mais sobre o assunto é só acompanhar a entrevista com a delegada no meu programa “Vem Com a Gente”, na TV Band, nesta segunda-feira (13/11). Espero vocês! Clique aqui.
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