Essa semana um caso muito triste acendeu um alerta importante para todos nós. A influencer e assistente de palco, Luana Andrade, morreu aos 29 anos após complicações durante uma lipoaspiração no joelho. A modelo ficou conhecida após participar do reality Power Couple, da Record TV. Ela também foi trabalhou no programa Domingo Legal. A artista teve quatro paradas respiratórias durante o procedimento e não resistiu.
Uma linda jovem com a vida inteira pela frente. Mais uma vítima da busca desenfreada do corpo perfeito. Até quando vamos ser reféns desses padrões tão impossíveis de se alcançar?
A morte da jovem ocorreu em um procedimento estético muito popular, a lipoaspiração. Muitas pessoas recorrem à cirurgia como uma forma de moldar o corpo. Mas quais são os riscos de um procedimento como esse? Conversamos como o cirurgião plástico Flávio Rezende, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O especialista destacou quais os cuidados antes de fazer uma lipoaspiração.
“Para pacientes jovens como ela, os fatores de risco para as causas de trombose podem estar no histórico familiar. Ou seja, casos de trombose na família, com questões genéticas. Esse histórico sugere que o médico faça uma investigação antes da cirurgia. Além disso, o uso de anticoncepcional, anabolizantes e histórico de câncer, todos são fatores de risco. O tempo de cirurgia também é muito importante. Quanto mais longo o tempo, principalmente a partir de quatro horas, maior o cuidado”, explica o cirurgião plástico.
Segundo o boletim médico divulgado, a causa da morte da influencer foi uma embolia pulmonar maciça. Um problema grave e que gera diversas complicações.
“No caso da jovem foi relatada uma embolia maciça, que causa vários trombos, que vão obstruindo os vasos sanguíneos. É um problema de difícil reversão e alta incidência de morte”, explica o Dr. Flávio.
O especialista destacou ainda os principais procedimentos que devem ser feitos para evitar complicações nesse tipo de cirurgia e pontuou o que o paciente deve fazer antes do procedimento.
“Para cirurgias de longo tempo utilizamos uma meia elástica para prevenir a trombose. E até 15 dias após a cirurgia usamos uma bota especial que faz o fluxo sanguíneo da perna circular. Dependendo do histórico da paciente podemos utilizar também medicações injetáveis. Para quem vai se submeter ao procedimento é importante realizar antes um bom pré-operatório, ser acompanhado por uma boa equipe médica e estar em um local adequado e equipado em ambiente hospitalar. Além também de checar antes se o médico é um membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, finaliza o cirurgião.
Vamos falar mais sobre esse tema? Aguardo vocês no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h30. E também no meu Instagram @gardeniacavalcanti.
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