Ludmilla e Bruna: especialista explica como é feita a reprodução assistida para casais homoafetivos Reprodução

Olá, meninas!
A cantora Ludmilla e sua esposa Brunna Gonçalves anunciaram nesta segunda-feira (06/11) que pretendem ter o primeiro filho em breve. O casal anunciou que dará início ao processo de fertilização in vitro em uma clínica nos Estados Unidos.
Confira o comunicado oficial da assessoria das artistas:
Em sua última viagem à Miami, há duas semanas, o casal BruMilla visitou uma clínica de fertilização e se informou para iniciar o processo de preparação e cuidados. Esse desejo de aumentar a família é uma vontade de ambas, expressada diversas vezes em entrevistas, e que irá se concretizar em breve.
O processo de reprodução assistida com casais homoafetivos está cada vez mais comum. Mas você sabe como isso funciona na prática? A técnica de Fertilização in vitro (FIV) nesses casos é bem diferente. Mas seja qual for o método, o importante é realizar o sonho de ter um filho. Ser mãe é um grande presente e esse desejo deve estar ao alcance de todos.
FIV para casais homoafetivos: como funciona e quais são as opções?
A Fertilização in vitro (FIV) é uma técnica que tem proporcionado a muitos casais a chance de terem filhos, inclusive àqueles homoafetivos. Para entender melhor esse processo, conversamos com o especialista em Reprodução Humana, Dr. Paulo Gallo. Confira as opções para cada caso.
FIV para casais homoafetivos masculinos
Para casais homoafetivos masculinos, a FIV envolve tanto a doação de óvulos quanto a utilização de um útero de substituição, conhecido como barriga solidária. A doação de óvulos pode ser anônima ou pode ser obtida por um parente de até quarto grau de um dos parceiros.
"No entanto, quando optamos pelos óvulos doados de um parente de quarto grau de um dos parceiros, o sêmen deve ser obrigatoriamente do outro parceiro para evitar consanguinidade", ressalta o Dr. Gallo.
O útero de substituição é outra necessidade para tais casais. No Brasil, esse processo deve ser sem fins lucrativos; a barriga de aluguel não é permitida. O útero de substituição pode ser de um parente de até quarto grau de um dos parceiros, ou, quando essa opção não estiver disponível, uma amiga pode assumir esse papel, desde que comprovadamente não haja interesse financeiro e com autorização do conselho regional de medicina de cada estado. No entanto, a mesma parente que empresta o útero não pode ser a mesma que doou os óvulos.
FIV para casais homoafetivos femininos
No caso de casais homoafetivos femininos, o processo pode ser mais simples. Uma das opções é a chamada ROPA (Recepção de Óvulos da Parceira), também conhecido como gestação compartilhada.
"Neste caso, uma das parceiras fornece o óvulo, fertilizado pelo sêmen doado, e o embrião é implantado no útero da outra parceira. Geralmente, recomendamos o uso do óvulo da parceira mais jovem, mas isso não é uma regra fixa", explica o Dr. Gallo.
No caso dos casais femininos, a doação de sêmen é sempre necessária e não pode ter caráter lucrativo. O sêmen pode ser de um parente de até quarto grau de uma das parceiras, desde que não haja consanguinidade, ou pode ser de um doador anônimo.
FIV para casais transgêneros
A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM 2294) incluiu recentemente casais transgêneros entre as pessoas aptas a utilizar essas técnicas.
“A partir de agora todas as configurações familiares são beneficiadas pelas técnicas de reprodução assistida. Temos múltiplas formas de casais transgêneros e para cada tipo de casal transgênero, uma técnica de reprodução assistida pode ser indicada. O importante é lembrar de congelar óvulos ou espermatozoides antes do tratamento hormonal para o tratamento de gênero, pois sabemos que esse tratamento hormonal pode interferir na qualidade dos gametas”, finaliza o especialista.
Vamos falar mais sobre esse e outros assuntos? Aguardo vocês no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h30. E também no meu Instagram @gardeniacavalcanti.