Por felipe.martins

Rio - A intenção do governo de criar planos de saúde mais baratos com menos serviços obrigatórios vai resultar em ações na Justiça por parte de entidades de defesa do consumidor como Idec e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Na semana passada, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu em audiência no Senado Federal, que a ampliação do setor de saúde suplementar, com planos mais baratos, ajudaria a reduzir a demanda do SUS. Segundo Barros, a equipe do ministério prepara um plano que não tem prazo para ser entregue à Agência Nacional de Saúde (ANS).

Na visão do Idec e da Abrasco, “é falso o argumento do ministro de que a venda de ‘planos populares’ aliviará o SUS. Em nota à imprensa, as entidades dizem que as administradoras de planos de saúde já cometem “muitos abusos”.

“As ações judiciais contra planos de saúde, que tiveram crescimento exponencial nos últimos anos, vão aumentar ainda mais. Esses planos não vão cobrir os tratamentos mais caros e complexos, e vão excluir os doentes crônicos e idosos, que terão que buscar atendimento no SUS”, diz a presidente do conselho diretor do Idec, Marilena Lazarinni.

Ainda de acordo com o documento, a autorização da venda de “planos populares” visa “apenas beneficiar os empresários da saúde suplementar, setor que hoje movimenta R$ 125 bilhões por ano e já é privilegiado pela renúncia fiscal no cálculo de imposto de renda, por isenções tributárias, créditos, empréstimos e parcelamentos de dívidas a perder de vista”.

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