Por felipe.martins

Ancara - A contra-ofensiva do presidente Recep Erdogan já prendeu 7.500 pessoas desde a fracassada tentativa de golpe militar na Turquia, sexta-feira. O levante de parte das Forças Armadas e a reação da polícia, fiel a Erdogan, deixaram 232 mortos pelo país. Ontem mais vítimas foram enterradas.

A ‘caça às bruxas’ não poupou nem o Judiciário: 2.500 juízes, inclusive dos mais altos tribunais estatais, já foram demitidos ou presos. Um terço dos generais militares do país também foi encarcerado. O primeiro ministro Binali Yildirim afirmou que o Ministério da Justiça já está preparando documento formal de extradição para o governo dos EUA contra o clérigo turco Fatullah Güllem, acusado de ser o cérebro da tentativa de golpe.

Enterro de vítimas do golpe militar reuniu multidão em AncaraEfe

A Turquia é membro da aliança de segurança Otan e importante aliado dos EUA no Oriente Médio na luta contra o Estado Islâmico. Erdogan também afirmou que as relações entre os países podem ser rompidas se Barack Obama recusar a extradição do clérigo, que nega ter engendrado o golpe.

Quem também jura inocência é o general Akin Öztürk. “Não sei quem planejou ou dirigiu este golpe”, afirmou o militar em depoimento à procuradoria. A informação contradiz a agência estatal, segundo a qual Öztürk tinha confessado intenções golpistas.

Reportagem do estagiário Jaime Furci

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