Por rafael.nascimento
Rio - Uma das maiores dúvidas no processo de escolha da profissão é saber o que pesa mais na decisão: trabalhar na carreira desejada ou ter uma boa remuneração. O ideal é conseguir os dois, mas nem sempre isso é possível. Ainda mais em momentos de crise, como o atual.
“Nessa fase de dificuldade, os jovens têm dado mais importância à remuneração”, conta Débora Nascimento, diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e gerente do Instituto Capacitare. “Muitos querem ajudar nas contas de casa”. Ela alerta, porém, que não se deve começar a carreira em uma área muito diferente d a que o estudante planeja.
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UM ETERNO DILEMA
Dé bora admite que esta dúvida não é exclusiva dos jovens que estão começando na carreira. “Carregamos esse dilema para sempre”, afirma. Os dois fatores são importantes. “É claro que é muito bom você trabalhar no que gosta, mas se a remuneração não sustentar o padrão de vida que o profissional quer, a insatisfação aparece”. O inverso também é verdadeiro. Alguém que é bem remunerado vai ficar satisfeito por isso, mas se trabalhar em uma função que detesta, vai acabar ficando insatisfeito, diz ela.
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EQUILÍBRIO É A PALAVRA CHAVE
Diante desse problema, o que o estudante deve buscar é equilibrar os dois elementos. “Para isso, é preciso tentar fazer um plano de carreira”, explica Débora. Um bom exercício é tentar imaginar qual estilo de vida o estudante pretende ter em 10 ou 20 anos. E também em que estágio profissional gostaria de estar nesse espaço de tempo. “Cada um tem seu projeto de vida. O planejamento tem que ser feito de acordo com os anseios do jovem”.