Redução da taxa básica de juros tem forte influência no mercado financeiro
Por thiago.antunes
Rio - A Bovespa reagiu ontem com forte alta ao corte de 0,75 ponto percentual na taxa Selic feita pelo Copom, que não era descartado no mercado, mas não estava totalmente embutido nos preços. O Índice Bovespa fechou com ganho de 2,41%, aos 63.953,93 pontos, o maior patamar desde 8 de novembro — último pregão pré-eleição do norte-americano Donald Trump.
O volume de negócios na bolsa brasileira totalizou R$ 10,8 bilhões, também o maior dos nove pregões deste ano. Com o resultado, o Ibovespa contabiliza alta de 6,19% em janeiro e de 61,86% no acumulado de 12 meses.
Segundo a agência Estadão Conteúdo, as altas foram generalizadas, mas os destaques foram as ações de empresas mais sensíveis a juros, como aquelas com alto endividamento e dependente de crédito, entre elas as do setor imobiliário e também as que se beneficiam de um alívio nas contas do consumidor, como as de varejo e as de bancos.
Ibovespa teve alta de 6%2C19% em janeiro e de 61%2C86% em 12 mesesEfe
Apoiados nas recentes altas do minério de ferro e em expectativas otimistas para a empresa, os papéis da Vale tiveram mais uma sessão de altas expressivas. Vale ON e PN ganharam 3,23% e 2,12%, respectivamente. Com isso, acumulam mais de 17% em janeiro.
O papéis das demais empresas da cadeia do aço também avançaram, com CSN ON (+4,47%) em destaque. Os da Petrobras se beneficiaram da alta do petróleo no mercado externo e subiram 1,66% (ON) e 1,53% (PN).
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Dólar cai 0,62%
O dólar encerrou no nível de R$ 3,17 no mercado à vista ontem. O recuo foi direcionado pela contínua expectativa de entrada de recursos no país, ao mesmo tempo em que os investidores ajustavam suas carteiras à redução mais agressiva da Selic.
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No fechamento, a moeda negociada à vista no balcão caiu 0,62%, aos R$ 3,1747. Este é o menor patamar desde 8 de novembro, quando registrou aos R$ 3,1733.
O sinal no câmbio doméstico também acompanhou o movimento no exterior, onde o dólar seguiu em baixa diante das incertezas a respeito das políticas econômicas de Donald Trump nos EUA.