Por lucas.cardoso
Rio - A implementação de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) está sendo estudada pelo governo do Rio como uma das medidas para conter os gastos e apresentar contrapartidas à União. Esse PDV seria criado com forma jurídica voltada ao funcionalismo. Esse projeto já era pensado desde o ano passado, porém, para alguns membros do governo, essa iniciativa é ineficaz.
O que explicam é que o maior peso da folha de pagamento é com inativos e pensionistas. De acordo com o Caderno de Recursos Humanos da Secretaria de Planejamento — referente a novembro — os ativos correspondem a 48,89% do valor total da folha, que é de pouco mais de R$ 2 bilhões. Mais de 50% são de gastos com inativos, pensões especiais e pensões previdenciárias.
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Além disso, a maioria dos ativos é composta pela Segurança (entre PMs, policiais civis e bombeiros), Educação e Saúde.
São mais de 80 mil ativos na Educação, cerca de 47 mil na Polícia Militar, mais de 10 mil na Polícia Civil e 15 mil nos Bombeiros e 11 mil na Saúde. O questionamento que fazem é: como dispensar policiais, professores e médicos? “Não há excesso deles. Até falta”, dizem.
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A pergunta se alia à outra: “Como colocar um programa de demissão voluntária em prática em um momento de alto desemprego no país?”, indagou uma fonte do governo. “Quem vai querer se voluntariar?”, completou. E mesmo que haja voluntários pondera-se que as carreiras com maior peso na folha são essenciais para o estado.