Por gabriela.mattos
Rio - A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2016 em 6,29%. O número ficou abaixo do teto da meta fixada pelo Banco Central, de 6,5%. Mas o que isso tem a ver com a sua vida? Qual é a influência desse número na prática?
Esse indicador verifica o valor de todos os produtos que compõem a cesta de consumo do brasileiro. Para medir a variação da inflação, entra de tudo na conta: gasolina, lazer, transporte, taxas, alimentação, escola e outros itens.
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Para chegar ao resultado final, o IBGE divide os produtos em grupos e cada um deles tem peso diferente, de acordo com o que o brasileiro consome mais.
Mas ao contrário do que muita gente pensa, a inflação não é apenas um aumento dos preços dos produtos e serviços. Estes fatores são, na verdade, consequências da variação da inflação.
Alimentação%2C gasolina%2C lazer e transporte entram na conta da inflaçãoReprodução

O aumento dos preços pode ser causado ainda por um problema em algum setor específico da economia e não estar necessariamente vinculado à inflação. Seca, pragas e excesso de chuvas podem causar a alta dos preços de determinados produtos.

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A inflação tem relação também com a quantidade de dinheiro que circula na economia em determinado momento, com o aumento do acesso ao crédito, gastos do governo e crescimento desordenado dos meios de pagamento, de acordo com o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB) Newton Ferreira.
Quando a inflação é superior ao aumento de salários, por exemplo, há perda de poder de compra da população assalariada. Quando acontece o contrário, com mais dinheiro no bolso, as pessoas demandam mais bens e serviços e sobrecarregam a economia.
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“É um fenômeno macroeconômico que leva em consideração a renda de pessoas com entre um e 40 salários-mínimos”, explica o professor da Unb.