Crivella diz que déficit nas contas da prefeitura chega a R$ 3 bilhões em 2017
Prefeito atribuiu o déficit ao aumento do custeio da máquina pública e aos empréstimos contraídos pela gestão de Eduardo Paes
Por gabriela.mattos
Rio - O prefeito Marcelo Crivella informou que o déficit nas contas da prefeitura chega a R$ 3 bilhões neste ano. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira, durante um evento com diretores de escolas municipais sobre combate ao mosquito Aedes aegypti.
“As despesas deste ano estão previstas em R$ 29 bilhões e a arrecadação em R$ 26 bilhões, o que dá um rombo de R$ 3 bilhões”, explicou o prefeito nesta tarde.
Para Crivella, esse valor está relacionado ao aumento do custeio da máquina pública e aos empréstimos contraídos pela gestão de Eduardo Paes. “O Eduardo teve que contrair empréstimos de R$ 10 bilhões para os compromissos assumidos, sobretudo os grandes eventos, como as Olimpíadas. Também houve um aumento enorme da folha de pagamento”, reforçou.
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O prefeito destacou ainda que as despesas do Município do Rio estão concentradas em encargos da dívida, no aumento do custeio e nos planos de cargos e salários “que foram concedidos na administração anterior”.
“Estou negociando os empréstimos, estou tentando aumentar a arrecadação, vamos ter que discutir a questão do IPTU, a questão dos grandes devedores do ISS”, disse Crivella, acrescentando também que "não podemos ter voo de galinha".
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Ele afirmou que a prefeitura tem “todo o interesse” em municipalizar as unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e reabrir os restaurantes populares. O município havia anunciado no mês passado que assumiria oito restaurantes no Rio. No entanto, Crivella ressaltou que não dá para fazer essa mudança sem recursos.
“Não fui o candidato das promessas e não serei o prefeito das ilusões. Eu tenho que cumprir o que está previsto no orçamento. Não vamos fazer com que a cidade do Rio de Janeiro caia no que caiu o estado: inadimplência, fornecedores há mais de um ano sem receber, pensionistas e aposentados que ainda não receberam o décimo terceiro salário, uma crise o tempo todo”, completou.
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Durante o evento, Crivella foi questionado sobre a nomeação de seu filho Marcelo Hodge Crivella para a Secretaria da Casa Civil. "Tenho certeza que o povo do Rio de Janeiro vai aplaudir. Ele tem experiência na área administrativa, na vida privada ele teve empregos de direção em multinacionais importantes. Trabalhou no exterior, no Brasil. Em todos os momentos decisivos da minha vida política ele esteve ao meu lado”, elogiou.