Rio - O modelo de privatização da Cedae deve ser definido em mais de um ano, dizem os deputados da base do governo. Mas o que alguns têm defendido é que o estado continue com a produção de água e que a distribuição seja feita por concessão.
Deputado estadual que deixou a Secretaria de Meio Ambiente para engrossar a base do governo na Alerj, André Corrêa (DEM) frisa que esse seria o melhor modelo para a venda da companhia, que é subordinada à pasta.
“Defendo que a produção continue pública e que se faça divisão da distribuição por bacia hidrográfica e por região. E o governo é simpático a essa tese. Isso tem um ano para ser discutido a partir da sanção do projeto”, declarou Corrêa, que voltará posteriormente à secretaria.
Ele diz que a concessão da distribuição por região (como por exemplo Barra e Jacarepaguá, Caxias e Nova Iguaçu) permitirá permitiria uma competição maior e, inclusive, valoração maior da empresa. “Se vender em um único bloco (produção e distribuição), poucas empresas poderão participar, pois é um valor muito alto. Se vende de forma única, diminui a concorrência. E fazendo a concessão da distribuição por bacia hidrográfica, há vantagens: aumenta a competitividade”, opinou.
O presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), faz coro: “Essa modelagem precisa ainda passar por audiências públicas... Vai se vender a Cedae de uma única só vez ou privatizar primeiro a distribuição, que é o modelo que defendo há dois anos? Sempre defendi uma Cedae estatal forte na produção de água. Defendo como é com o gás. Quem tem é a Petrobras, importado da Bolívia ou produzido no Brasil. E o estado que controla o preço pela Agenersa, então esse deve ser o modelo”, opinou.