Por clarissa.sardenberg

Rio - Ao menos 18 pessoas foram detidas pelo Batalhão de Choque (BPChq) na manifestação contra a aprovação do projeto de privatização da Cedae, que ocorre em frente à sede da companhia na Avenida Presidente Vargas, na Cidade Nova. De acordo com a Polícia Militar, o grupo foi conduzido à 17ª DP (São Cristóvão).

Durante o protesto, um pequeno grupo de mascarados entrou em confronto com a PM, que lançou bombas de efeito moral. Durante a caminhada, o grupo tentou derrubar as grades que dividem a Presidente Vargas por conta o esquema montado para o Carnaval.

Por conta da manifestação, a pista lateral da avenida permanece interditada, segundo o Centro de Operações da Prefeitura. Já o sentido Praça da Bandeira foi totalmente liberado, assim como a Avenida Francisco Bicalho, sentido Cidade Nova.

Pela manhã, os manifestantes estavam na Rua Primeiro de Março, em frente à Alerj, que foi interditada. O Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Rio (Muspe) começou uma vigília às 10h na Casa, em protesto contra a privatização da companhia.

Entre o grupo que protesto há servidores de diversas categorias, principalmente da Cedae, que entraram em greve nesta segunda-feira. A paralisação será até quinta-feira, até quando era prevista durar a votação da venda da Cedae.

A maioria dos deputados votou a favor da venda da Cedae, na manhã desta segunda-feira, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Dos 69 parlamentares presentes, 41 votaram a favor e 28 contra a privatização, que prevê a garantia para empréstimo de R$ 3,5 bilhões ao Estado para pagamento dos servidores e amenizar a aguda crise.

Começam no início da tarde a ser votadas as emendas em destaque. Mais cedo, o presidente da Alerj, Jorge Piccini (PMDB), disse que pretende terminar a votação ainda nesta segunda-feira, embora já tenha sessões marcadas para continuar a votação todos os dias, até quinta-feira.

Na discussão, o projeto de lei recebeu 211 emendas dos deputados estaduais, mas os destaques terão de ser aglutinados, pois o regimento da Alerj impõe limites para a apresentação de destaques por bancada.



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