Rio - Em greve desde 20 de janeiro, os policiais civis decidiram — em assembleia realizada na noite desta segunda-feira — manter o movimento. A categoria reivindica o 13º salário e o pagamento de horas extras atrasadas, desde setembro de 2016, e de gratificações por metas alcançadas, desde o 2º semestre de 2015.
A decisão de continuar a paralisação se deu diante do resultado da reunião realizada entre sindicalistas e Pezão, na manhã desta segunda-feira, no Palácio Guanabara.
“A categoria decidiu manter porque, na reunião, não teve resposta sobre as reivindicações. Pedimos que o governo apresentasse um calendário, o que não ocorreu. Por isso, os policiais deliberaram pela manutenção da greve”, declarou o presidente do Sindpol, Márcio Garcia.
“Vamos nos reunir com o governador daqui a 15 dias e teremos nova assembleia no dia 24 de abril”, acrescentou o sindicalista.
A reunião contou com a presença de parlamentares da Comissão de Segurança da Alerj, além do chefe de Polícia Civil, Carlos Leba, e do secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa.
O governador declarou que a Segurança é prioridade no seu governo, mas ressaltou que não havia como apresentar calendário de pagamento, enquanto o projeto de lei de Recuperação Fiscal não for aprovado no Congresso.
“Dependemos fortemente da aprovação do nosso acordo que assinamos com o presidente Michel Temer e com o ministro Henrique Meirelles. Rodrigo Maia ficou de submeter o projeto, nesta quarta, ao plenário e depois segue imediatamente para o Senado”, declarou.
Presidente da Comissão de Segurança da Alerj, a deputada Martha Rocha (PDT)disse que, na reunião, Pezão entendeu que a demanda é legítima por parte dos servidores, mas deixou claro que não há condições financeiras para quitar os débitos da categoria agora.
“O governador não apresentou nenhuma proposta concreta aos policiais civis. Ele deixou claro que o estado não tem condições financeiras de assumir compromissos”, declarou a deputada.