Por thiago.antunes

Rio - A verdade é que estamos carentes de sonhos possíveis. Não falo de utopias e ilusões, mas de se ter um sonho para acreditar, daquele que se escolhe como objetivo de vida e que te faz levantar todos os dias e se mover para conquistá-lo.

Nos estudos de Economia, desde a faculdade, se aprende que o desenvolvimento dos negócios requer planejamento e isto pressupõe capacidade de projetar cenários, usando métodos técnicos e dentro de razoáveis probabilidade de êxito.

Entre a utopia e a realidade econômicaDivulgação

No Brasil de hoje isso tudo se tornou muito difícil, com escândalos em sequência. São listas de nomes suspeitos e denunciados por falcatruas diversas e de toda ordem, com desvio de recursos públicos e prisões e mais prisões de pessoas, que nos venderam a esperança e entregaram a tragédia e o caos político e econômico.

Como gerar novos postos de trabalho para os mais de 13 milhões de empregados? Como convencer o investidor a tirar o seu dinheiro das aplicações de alto rendimento, para empreender um negócio que será fiscalizado por um Estado corrupto, em que a burocracia te desencoraja e a carga tributária leva quase todo o seu lucro?

A política, os partidos e os políticos tradicionais, independente de viés ideológico falharam e não despertam mais o mínimo interesse e confiança da população. Todos já estiveram por cima, tiveram as suas chances, mas, mesmo com algum sucesso pontual e passageiro, falharam. Erraram porque não tinham projeto de país para valer e, sim, um projeto de poder, para eternizar o seu grupo e continuar se servindo do país e não a servir a ele e ao povo.

O sucesso passa pelo progresso da economia, que por sua vez depende de cenário político mais tranquilo. Apesar do momento conturbado, o tamanho da confusão é tão grande que se abre chance histórica de resgatar os nossos verdadeiros sonhos para o país.

Gilberto Braga é professor de Finanças do Ibmec e da Fundação Dom Cabral

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