Rio - O Rio foi um dos três estados que não contribuíram para saldo positivo de 59.856 vagas de emprego formal abertas em abril. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estado perdeu 2.554 postos. Rio Grande do Sul (-3.044) e Alagoas (-4.008) também tiveram menos empregos mês passado. As quase 60 mil vagas resultaram de 1,141 milhão de admissões contra 1,081 milhão demissões.
Foi o primeiro resultado positivo do Caged para o mês de abril desde 2014, quando foram abertas 105 mil vagas. Nos quatro primeiros meses de 2017, houve perda de 933 postos com carteira assinada. Em 12 meses, foram fechadas 969.896 vagas.
São Paulo liderou a criação de empregos com 30.227 vagas, seguido por Minas Gerais (14.818), Bahia (7.192), Goiás (7.170) e Paraná (6.742). A Região Sudeste registrou a abertura de 46.039 postos no mês passado, seguido pelo Centro-Oeste, com 10.538 vagas. Na Região Sul, houve saldo positivo de 5.537 empregos. Já na Região Norte, houve fechamento de 1.139 vagas, enquanto no Nordeste o saldo foi negativo em 1.119 vagas.
O coordenador-geral de Estatísticas do Trabalho do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, avaliou que o setor da construção civil foi o único com aumento do desemprego em abril (1.760 demissões líquidas) por conta ainda da fraca atividade na construção de edifícios.
Já no setor de serviços, mesmo com a melhoria de 24.712 postos em abril, Magalhães destacou a queda de 1.060 vagas de empregos nas instituições financeiras.
Pico de contratação
O coordenador destacou que a abertura de 14.648 vagas na agropecuária está relacionada à safra de cana-de-açúcar, principalmente em São Paulo, além do café em Minas Gerais. Magalhães explicou que o pico da geração de emprego no país — considerando todos os setores — costuma ocorrer nos meses de agosto, setembro e outubro, quando a indústria e o comércio contratam com vistas nas vendas de fim de ano.