Rio - Os financiamentos habitacionais da linha pró-cotista com uso do FGTS voltaram a ser suspensos pela Caixa Econômica Federal. O motivo, segundo banco, foi o comprometimento total do orçamento direcionado pelo Conselho Curador do fundo para este ano para linha de crédito. O pró-cotista já havia sido suspensa em maio e voltou após o governo redirecionar recursos de R$ 2,54 bilhões do programa Minha Casa Minha Vida.
A forma de de crédito é direcionada a trabalhadores com conta do FGTS e tem juros mais baixo de, no máximo, 8,85% ao ano para comprar imóveis. “A Caixa Econômica Federal informa que estão suspensas as contratações de novas operações da linha de crédito Pró-Cotista — Recursos FGTS, em razão do comprometimento total do orçamento disponibilizado pelo Conselho Curador do FGTS para o exercício de 2017”, informou o banco por meio de nota.
É a segunda vez este ano que a Caixa anuncia a suspensão da linha pró-cotista. No começo de maio, o banco recebeu recursos para manter os financiamentos. Na ocasião, mais de 60% do montante destinado aos financiamentos estavam contratados e o restante em fase de análise. Assim, o Ministério do Planejamento remanejou para a pró-cotista parte dos recursos que seriam para a faixa de renda mais alta do Minha Casa, Minha Vida.
A linha é direcionada para trabalhadores da iniciativa privada que têm pelo menos três anos de vínculo com o FGTS. Além disso, eles precisam estar no mercado de trabalho ou ter saldo na conta do Fundo de Garantia de pelo menos 10% do valor do imóvel que está prestes a ser financiado.
Os juros dos financiamentos vão de 7,85% (para clientes que com débito em conta ou conta-salário) a 8,85% ao ano. O valor máximo dos imóveis a serem financiados é de R$ 950 mil para cidades como Rio, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal e de R$ 800 mil para o restante do país. Não há limite de renda familiar.