Por karilayn.areias

Rio - Hoje, peço ajuda ao educador financeiro Robinson Trovó para reforçar os argumentos que eu sempre prego aqui a favor da renda fixa — mesmo em tempos de inflação e juros em queda. O especialista convidado destaca quatro formas de investir o dinheiro nessa modalidade: CDB (Certificado de Depósito Bancário: títulos que os bancos oferecem para captar dinheiro das pessoas; depois, o banco remunera essas pessoas com juros que variam de acordo com o valor captado ou emprestado); LCI (Letras de Crédito Imobiliário); LCA (Letras de Crédito do Agronegócio); e Tesouro Direto.

MAIS VANTAJOSO

O CDB é um empréstimo que se faz ao banco e que pode render média de 80% a 100% do CDI (esta sigla representa um valor de referência para o sistema financeiro, de modo geral muito próximo do valor da taxa Selic, aquela dos “juros básicos” do Banco Central). “Se o CDB rende a partir de 95% do CDI, mesmo cobrando imposto de renda, já é mais vantajoso que a poupança”, explica Trovó, lembrando que nesse caso os bancos trabalham com valor mínimo de investimento, em média, de R$ 5 mil.

Os fundos de investimentos LCI e LCA se diferenciam essencialmente pelo que os bancos farão com o dinheiro dos aplicadores: ele será destinado ao financiamentos de projetos do setor imobiliário (LCI) ou agrícola (LCA). “Os dois podem render mais de 100% do CDI e exigem que o dinheiro fique no mínimo 6 meses sem retirada”, explica o especialista. Mas, para esses investimentos, a exigência inicial é de R$ 30 mil, no mínimo.

“Quem não tem grandes quantias para investir pode optar pelo Tesouro Direto, aplicação pela qual você empresta o seu dinheiro ao governo, o que permite investimento inicial de apenas 100 reais, desde que o saldo possa ficar retido por pelo menos um ano”, informa Trovó. 

5 fatores que devem ser considerados por quem quer investir em renda fixa, segundo Trovó:

1 — É possível começar com R$ 100:
Não é necessário ser rico para começar a investir. “Quem quer ter o dinheiro rendendo mais que a inflação pode começar pelo Tesouro Direto”, ensina. O segredo é criar um pensamento de investidor. Conforme for acumulando capital, você pode começar a diversificar onde mais aplicar o dinheiro.

2 – É um investimento seguro como a poupança:
As pessoas se limitam à poupança apenas por medo de perder o dinheiro que têm. A ideia de perder o dinheiro investido é um mito, pois estes investimentos são tão seguros quanto a poupança. O medo é apenas algo cultural.

3 – Existem opções de diversos períodos e bolsos:
Os investimentos rendem mais quanto mais tempo permanecem aplicados e, por isso, é preciso considerar quanto dinheiro se tem no bolso e qual o tempo que será possível ficar sem ele. Entre CDB, LCI, LCA e Tesouro Direto, cabe a cada um escolher o melhor conforme sua realidade.

4 – É possível variar as aplicações:
Há casos de pessoas que têm uma parte do dinheiro investido em LCI, outra em CDB e outra em Tesouro Direto. Você pode ir variando os investimentos conforme houver variações positivas em cada um. Como o Tesouro Direto rende o valor da Inflação somado a 5% de juros, ele pode ser mais vantajoso caso ocorra uma diminuição nos índices do CDI ou um aumento muito grande da inflação.

5 — Qualquer um pode fazer:
Qualquer pessoa pode aplicar o dinheiro com muita facilidade e pouco esforço. Não é preciso estudar números ou entender de cálculos, basta ter vontade e pegar as informações necessárias com o banco ou a instituição financeira.

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