Rio - O aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis fez os motoristas gastarem 8,35% a mais para encher o tanque nos postos do Município do Rio. O valor médio da gasolina vendida na cidade passou de R$ 3,808 para R$ 4,126, segundo pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP), nas duas últimas semanas.
O preço subiu em todas as unidades da federação, também de acordo com dados da ANP. No país, o litro do derivado de petróleo aumentou 8,23%, em média, na semana passada sobre a anterior, de R$ 3,464 para R$ 3,749.
No Estado de São Paulo, maior consumidor do país, o litro da gasolina avançou 8,63% entre a terceira semana de julho e a semana passada, de R$ 3,234, para R$ 3,513, em média. Em Minas Gerais o aumento médio foi de 6,65%, de R$ 3,578 para R$ 3,816 o litro, em média, enquanto no Estado do Rio houve alta de 7,03%, de R$ 3,853 para R$ 4,124. O Estado do Rio tem o segundo maior preço médio, atrás apenas do Acre, onde o litro custa, em média, R$ 4,366.
Além da alta do PIS/Cofins, a semana foi marcada por reajustes diários dos preços da gasolina anunciados pela Petrobras às distribuidoras, exceto na terça-feira quando houve recuo de 1,8%. O cenário de alta seguiu nesta semana, com aumentos realizados pela estatal na segunda-feira, de 1%, e na terça, de 0,8%.
Protesto dos postos
Hoje donos de postos de combustíveis farão protesto nacional contra o aumento do PIS/Cofins a gasolina. Colocarão faixas pretas nas bombas em sinal de luto e cartazes.
A produção de petróleo no Brasil atingiu 2,675 milhões de barris por dia, em junho deste ano. De acordo com a ANP, o volume representou uma alta de 0,8%, se comparado ao mês anterior, e de 4,5% em relação a igual período em 2016.
Pela primeira vez, a produção de petróleo no pré-sal (1,352 milhão de barris por dia), superou a registrada no pós-sal (1,321 milhão de barris por dia). A produção de gás natural atingiu 111 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), o que equivale a elevação de 7,4% em relação ao mesmo mês em 2016 e em 6,1% na comparação com maio.