Rio - Após a demonstração de força no Congresso ao sepultar a investigação sobre as denúncias de corrupção, o presidente Michel Temer vai concentrar esforços para aprovar a Reforma da Previdência até outubro. Ontem o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que o placar da votação responsável por barrar a denúncia contra Temer mostrou a força do governo e “dá mais segurança para avançar nas reformas”, principalmente a previdenciária.
No dia anterior, Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, também fez um prognóstico positivo e disse esperar a aprovação das mudanças na Previdência até outubro deste ano.
“É a agenda principal da área econômica e o governo está colocando como prioridade também da agenda do Congresso. Vamos conversar com as lideranças. Nosso desejo é que ela seja aprovada o mais rapidamente possível”, afirmou Oliveira, que destacando que a reforma é a mais importante para a estabilização da situação fiscal do país e, sem ela, o Brasil corre sérios riscos na economia.
“O déficit está elevado, mas a trajetória (crescente da dívida) é ainda mais preocupante. Vai chegar um momento que o governo será somente um distribuidor de dinheiro”, disse. A principal mudança prevista na Reforma da Previdência é o aumento da idade mínima para obtenção da aposentadoria.
A proposta é de elevar a idade para 65 anos no caso dos homens, e 62 para as mulheres. Um trabalhador precisará contribuir por, no mínimo, 25 anos para obter o benefício parcial. Para garantir uma aposentadoria integral, a contribuição prevista para o INSS é de 40 anos.