Rio - A intenção da União de cortar gastos impactará diretamente a vida do funcionalismo do Executivo Federal. O governo vai rever a meta fiscal de 2018 e também de 2017 e quer limitar o salário inicial dos novos servidores a R$ 5 mil. O presidente Michel Temer ainda enviará ao Congresso proposta para adiar o reajuste de várias categorias que estava já previsto por lei para 2018.
Especula-se que o rombo nos cofres públicos deste ano salte da projeção de R$139 bilhões para R$159 bilhões. E o déficit primário de 2018 deve subir de R$ 129 bilhões para algo em torno de R$149 bilhões.
Com a decisão de adiar reajustes de 2018 para 2019, o governo prevê uma economia de de R$ 9 bilhões. Além disso, Temer pretende acabar com o auxílio-reclusão — o benefício é pago a famílias que cumprem pena de detenção. Com isso, o Executivo prevê reduzir suas despesas em torno de R$600 milhões.
Em nota, diversas carreiras, como auditores-fiscais do Ministério do Trabalho, analistas e auditores da Receita Federal, policiais rodoviários federais, especialistas em Infraestrutura, policiais federais, funcionários do Banco Central, servidores do Ipea, e outros, repudiaram a intenção de adiamento de reajustes. Afirmaram ainda que o estado deveria adotar outras ações para melhorar sua arrecadação.