Rio - Os Correios vão reabrir o Plano de Demissão Voluntária (PDV) no mês que vem. O objetivo agora é reduzir o quadro em 5,46 mil empregados, o que representaria uma economia mensal de R$ 54,5 milhões na folha de pagamento da estatal.
Após passar pelos departamentos jurídico e de recursos humanos, o plano foi aprovado na última quarta-feira pela diretoria da companhia. Agora só depende de aprovações burocráticas, como a autorização do conselho de administração e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, para ser anunciado.
Embora tenha tido um grande número de adesões, com 6,26 mil desligamentos — permitindo à empresa reduzir em R$ 68,6 milhões os gastos mensais com pagamentos de salários, ou R$543,5 milhões até o fim do ano —, o programa de demissões voluntárias executado durante o primeiro semestre ficou aquém do objetivo dos Correios. A ideia era cortar 8,2 mil empregados e enxugar a folha em R$ 72,9 milhões por mês.
Essas metas foram revistas para cima e, com a reabertura do programa, o objetivo passa a ser cortar, neste ano, 10% de um efetivo que, antes do processo de enxugamento da folha, somava aproximadamente 117 mil empregados. Se conseguir isso, a estatal vai reduzir em R$ 123 milhões por mês os gastos com salários a partir do ano que vem.
A ideia é reabrir o programa a empregados que trabalham há pelo menos 15 anos na companhia. Para ampliar o público elegível do que é chamado pela empresa de Plano de Desligamento Incentivado (PDI), foi retirado o requisito que restringia a possibilidade de adesão aos funcionários com, no mínimo, 55 anos de idade. O prazo vai de setembro até o fim do ano.