Por karilayn.areias

Rio - Esqueça a JBS, o Joesley, o Janot e os janotas de Brasília. O que importa agora é que a economia começa a confi rmar os sinais de que está mesmo se descolando da política, dos políticos e dos escândalos. Vem aí um Brasil sem tempo só para delações, denúncias e demências. Um Brasil em nova temporada de crescimento, em ritmo de recuperação — lenta e gradual, sim, mas sem recuo.

A menor taxa ofi cial de inflação e a menor taxa ofi cial de juros, juntas pela primeira vez em muitos e muitos anos, são apenas mais duas das muitas evidências de que a crise já vai tarde — não por acaso, um ano depois da presidenta que já foi tarde. Os recordes de pontuação e de negócios na Bolsa de Valores de São Paulo são outros fortes indícios de ressurreição do setor produtivo. E ainda temos as declarações ultimamente entusiasmadas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que conta lá com acesso a dados ofi ciais e números exclusivos — até aqui desconhecidos do grande público.

Nesse cenário — onde ninguém mais parece se importar quem mentiu, quem roubou, quem vai preso, quem vai pra casa — investimentos vão voltar aos poucos, projetos vão saltar das gavetas e as vagas vão ressurgir das cinzas. 

Então, preparem seus currículos e preparem-se para bater pernas e portas. Daí que diante das novas oportunidades que se apresentam e dos novos mercados de trabalho que se consolidam, a pretexto de ajudar os interessados ou necessitados, a psicóloga Luci Pereira, da PHC Potencial Humano Consultoria (www.phc.com.br), lista aqui 7 dicas úteis e refl exões pertinentes. 

1 O período de desemprego pode ser uma fase de transição ou reinvenção profissional, um tempo para rever oportunidades, reavaliar valores e desenvolver novas habilitações, qualifi cações ou especializações. Quem pensou e praticou isso durante a longa escassez de vagas tem hoje, nesse novo cenário, mais chance de se recolocar.

2 Não se pode ignorar ou se surpreender com as transformações, mudanças e restrições dos atuais ambientes corporativos. É preciso trabalhar ou “retrabalhar” a mentalidade e as limitações buscando alternativas com criatividade. Dominar as limitações e investir em autoconhecimento, além de conhecimento, são cuidados importantes para encarar desafios e superar obstáculos.


3 Um bom profissional não é aquele que só quer fazer o pouco que sabe ou o pouco que aprendeu; um bom profi ssional é aquele que sabe muito que é preciso aprender sempre.

4 O desemprego não representa apenas a perda da fonte de renda, ele representa a perda de todo um estilo de vida. O desemprego impõe insegurança, incerteza e revolta, coisas que contribuem para a baixa estima. Mas não deixe que nada disso contamine e atrapalhe seus esforços de reação pessoal e de recuperação profi ssional - dar a volta por cima depende muito de não se sentir por baixo.


5 Sempre existiu, existe e existirá crise financeira para uma grande parcela das pessoas, mas não para todas as pessoas. Repara que, mesmo diante da crise, muita gente vive em situação de abundância financeira. Qualquer que seja a sua situação, não aceite o estigma do fracasso, insista na referência do sucesso, insista na busca do sucesso.


6 Não se veja como vítima e não se apresente como coitado. Em vez disso, valorize seus méritos e suas qualidades como características diferenciadas em relação a quem nunca sobreviveu a traumas ou frustrações.


7 Muitas vezes é preciso encarar um contexto desconfortável como um processo de “aprendizagem” e de “oportunidade”; assim, a pessoa fica mais resiliente (mais apta a lidar com crises, rupturas, desafi os e até tragédias).

BOM DOMINGO E BOA SORTE ! 

ALEX CAMPOS é comentarista do Painel Econômico da Rádio JBFM (99,9)

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