Rio - Os consumidores que usam botijão de gás para cozinhar vão pagar mais caro a partir de hoje pelo vasilhame de 13 quilos de GLP. A Petrobras anunciou ontem o reajuste de 12,9%, em média, do produto. É a quarta alta consecutiva, acumulando elevação de 44,8% nos últimos dois meses.
O ajuste foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Segundo a Petrobras, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá do repasse das distribuidoras e revendedores. Se for integralmente repassado aos clientes, a estatal estima que o valor do botijão suba 5,1%, em média, ou cerca de R$ 3,09 por botijão,
O preço médio do gás no Município do Rio, de acordo com pesquisa da ANP, entre 1º e 7 de outubro, era de R$69,89. Com a correção vai subir para R$73,45. Já o valor máximo detectado foi de R$ 85. E com o aumento vai a R$89,33.
No entanto, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) acredita que o aumento do preço do botijão de GLP terá um impacto entre 7,8% e 15,4% de reajuste, dependendo do local em que é vendido.
A entidade afirmou que a correção aplicada não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional e, com isso, o combustível registra uma defasagem de 6,08% em relação ao preço do produto importado. De acordo com o Sindigás, essa defasagem inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento.
Preço da gasolina cai
A Petrobras também divulgou ontem os novos reajustes para os preços dos combustíveis nas refinarias. Segundo a empresa, o valor do diesel teve queda de 0,2%, somando a redução de 1,3% do dia 10, e o preço da gasolina diminui 2,6%.
Reportagem da estagiária Marina Cardoso, sob supervisão de Max Leone