Confira a simulação de dívida no cheque especial e empréstimo pessoal - arte o dia
Confira a simulação de dívida no cheque especial e empréstimo pessoalarte o dia
Por Larissa Esposito*
Rio - Os 23,9 milhões de clientes da Caixa Econômica Federal em todo o país poderão ser beneficiados pela redução de até 33% das taxas de juros do cheque especial e de 21% no crédito para pessoas físicas. A medida, anunciada ontem pelo banco no começo da tarde, vale tanto para os novos clientes quanto para os atuais contratos, que poderão renegociar as taxas vigentes. A Caixa se antecipou à divulgação da queda da Selic, taxa básica da economia, de 6,5% para 6% ao ano, feita pelo Banco Central no começo da noite.
No cheque especial, os juros máximos cobrados pela Caixa, que eram de 13,45% ao mês, passam a ser de 9,99% ao mês. Neste caso, um cliente que tinha uma dívida de R$ 1,5 mil, por exemplo, após 30 dias no vermelho, devia R$ 1.701. Com a redução dos juros, e conseguindo negociar a redução, o débito cairia para R$ 1.649, após o mesmo período.
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Os juros podem ser menores, segundo o banco, dependendo do nível de movimentação da conta e de investimento dos clientes.
A instituição financeira anunciou ainda o pacote "Caixa Sim", que ficará disponível para os clientes a partir de 19 de agosto. Nele, a taxa do cheque especial vai a 8,99% ao mês para quem aderir ao pacote. A tarifa será de R$25 por mês, que poderá ser revertida em bônus para linhas de celular. Neste caso, a mesma dívida de R$ 1,5 mil seria de R$ 1.634 para o cliente que contratasse o pacote.
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CRÉDITO PESSOAL
Quanto ao crédito pessoal, o piso dos juros cobrado era a partir de 4,99% ao mês. Agora começará em 2,29% ao mês para os clientes. Para quem contratar empréstimo de R$2 mil nessa linha, por exemplo, após seis meses, o valor da dívida será de R$2.678. Com a nova taxa, o débito ficará em R$ 2.291. Porém, nesse caso, o "Caixa Sim" não oferecerá taxa de juros menores. Dará cartão de crédito internacional, sem anuidade, e com crédito rotativo a 8,99% ano mês.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, informou que deseja baixar os juros ao menos uma vez por ano.
"Não é razoável cobrarmos 10%, 15%, 20% de juros ao mês. A redução deve ser um movimento contínuo. Vamos reduzir taxas de todas as modalidades de crédito, em todos os segmentos", garantiu Guimarães.
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O economista e diretor do Di Blasi, Parente & Associados, Alexandre Prado, afirmou: "As mudanças nas taxas de juros são boas e refletem o momento do país e a expectativa positiva para o cenário econômico. Aliás, a redução dos juros permitirão maior capacidade de consumo, o que pode repercutir positivamente na atividade econômica."
PESSOAS JURÍDICAS
Já para pessoas jurídicas, os juros máximos do cheque especial baixaram de 14,95% ao mês para 9,99% ao mês. Com a contratação da cesta de serviços do "Caixa Sim", a taxa também cai para 8,99% ao mês, com capital de giro a partir de 0,95% ao mês e antecipação de recebíveis a 1,85% ao mês.
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Procurados pelo DIA, Banco do Brasil, Santander, Bradesco e Itaú/Unibanco não responderam até o fechamento da edição se também alterariam os juros .
 
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*Estagiária sob supervisão de Max Leone.


Aplicativo para clientes de baixa renda

Além da queda dos juros para cheque especial e crédito pessoal e empresas, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, divulgou ontem que em 60 dias o banco deve lançar um aplicativo de celular para os clientes de baixa renda. Pelo app, segundo Quimarães, as pessoas vão poder fazer desde operações básicas, como pagamentos de contas e transferências, até acessar serviços sociais administrados pela instituição, como o Bolsa Família. A ferramenta também ajudará no pagamento dos saques do FGTS, informou o dirigente.
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"O sistema já está em teste, com três mil funcionários dedicados a essa plataforma. No dia que anunciarmos o instrumento, ele terá que estar operacional para 102 milhões de clientes.
"Estamos melhorando o nosso aplicativo atual, mas teremos também um modelo extremamente simples, voltado para as pessoas que têm telefones com menor capacidade", afirmou o presidente do banco estatal.
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