Projeto cria um auxílio emergencial mensal de até R$ 300, com validade até o fim deste ano, no Estado do Rio - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Projeto cria um auxílio emergencial mensal de até R$ 300, com validade até o fim deste ano, no Estado do RioMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Por Letícia Moura
Rio - O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins, estima que mais de 500 mil aposentados podem passar a ganhar o salário mínimo (R$ 1.100), devido ao reajuste oficializado hoje pelo Ministério da Economia. A presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, Adriane Bramante, explica que isso ocorre porque o "valor que o aposentado recebe pode não reajustar de forma suficiente, para alcançar um valor superior ao salário mínimo".
A advogada esclarece que a defasagem acontece a cada ano: "porque o índice, que corrige o salário mínimo, não está atrelado ao mesmo índice que reajusta os benefícios previdenciários. Então, por isso que há esse desencontro de valores em muitos casos", pontua Bramante. 
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"Quem ganha salário mínimo, receberá sempre o mínimo. Os segurados que ganham acima do piso acabam tendo um reajuste diferente, e há uma defasagem a cada ano que eles recebem o recurso. Um reajuste maior dos benefícios talvez poderia minimizar a defasagem, conforme o poder de compra dos segurados, mas isso envolve uma série de fatores", explica Bramante.
Warley Martins explica que o achatamento atrapalha a Economia. "O aposentado vai passar a receber menos, investir menos na Economia. O que o aposentado ganha, ele gasta, porque recebemos muito pouco, então dá apenas para remédios e alimentação", pondera. 
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Entenda os reajustes deste ano
Os segurados da Previdência que recebem acima do salário mínimo terão seus benefícios reajustados em 5,45%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O teto dos benefícios pagos pelo INSS passa a ser de R$ 6.433,57 (antes era de R$ 6.101,06). 
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O piso previdenciário, valor mínimo dos benefícios do INSS (aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte) e das aposentadorias dos aeronautas, será de R$ 1.100,00. O piso é igual ao novo salário mínimo nacional, fixado para o ano de 2021 com reajuste de 5,26%, o que está abaixo da inflação.

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