Aneel mantém bandeira amarela em março; conta de luz contínua com taxa adicional - Imagem Internet
Aneel mantém bandeira amarela em março; conta de luz contínua com taxa adicionalImagem Internet
Por O Dia
No Brasil, as tarifas residenciais de energia podem ter um aumento médio de 14,5% neste ano, conforme projeção realizada pela TR Soluções, empresa de tecnologia aplicada ao setor elétrico. O cálculo foi feito por meio do Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (SETE), que considera dados de todas as 53 distribuidoras do país, além de sete permissionárias.
No Rio de Janeiro, a TR Soluções projeta que os consumidores residenciais da Light vão ter o aumento tarifário um pouco abaixo dos 10%. Já no caso dos clientes da Enel, o impacto poderá ser um pouco menor, com uma alta que não deverá ultrapassar os 5%.
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que informou que não faz estimativas dos processos tarifários, esclareceu que os reajustes da Light e da Enel devem ser decididos e divulgados no dia 9 de março. As correções passarão a valer no dia 15 do mesmo mês.
Em termos regionais, as análises da empresa de tecnologia mostram que as variações médias mais significativas devem ser observadas nas regiões Centro-Oeste (21,2%) e Norte (19,4%). No Nordeste, Sudeste e Sul, os percentuais estimados são 17,6%, 13,1% e 12,2%, respectivamente. 
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Entenda o aumento
O maior aumento esperado é na parcela que corresponde ao serviço de distribuição de energia elétrica, com alta de 15,5%, representando 4,5 pp da alta média. Esse aumento do custo do serviço de distribuição é fortemente pressionado pelo IGP-M, que ficou em 23,14% no ano passado. Nesse sentido, vale observar que uma parte das distribuidoras têm suas receitas reajustadas pelo IGP-M e a outra parte pelo IPCA (que fechou o ano em 4,52%).
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Em segundo lugar estão os custos com a compra de energia, com alta de 9,5% em relação a 2020. Esse crescimento se deve ao fato de que a maior parte dos custos financeiros, que as empresas teriam repassado às tarifas em 2020, em decorrência da sobrecontratação de energia e da queda do mercado, ter sido coberto pelo empréstimo associado à Conta-Covid e o seu pagamento, em cinco parcelas, ter início em 2021.
Por fim, destacam-se os custos associados ao serviço de transmissão de energia. Isso porque as empresas que passam por evento tarifário, no primeiro semestre de 2021, devem ter reconhecido nas tarifas o aumento aprovado pela ANEEL em julho passado, que elevou a receita de transmissão para o segmento de consumo em mais que 44,5%, tendo passado de R$ 10,4 bilhões para R$ 15,0 bilhões.
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Procurada, a Enel não respondeu até a última atualização desta reportagem. A Light preferiu não se pronunciar: "Sugerimos procurar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para falar a respeito do assunto", disse em nota.