"É como se estivéssemos chegando ao fim da primeira grande guerra contra o vírus quando uma nova variante surge e as mortes disparam", disse Guedes. "Essa segunda grande guerra começa com muito mais mortes e intensidade", complementou.
O comandante da equipe econômica destacou que a resposta do governo foi repetir a receita do ano passado, com o relançamento do auxílio emergencial como forma de proteger as camadas mais vulneráveis, mas, ao mesmo tempo, com um marco fiscal que trava despesas se os gastos públicos seguirem subindo.
O ministro observou que a economia brasileira corria o risco de desorganização, o que seria um "golpe de morte" para o país, se o auxílio fosse lançado sem o limite de R$ 44 bilhões e sem sacrifícios como o congelamento dos reajustes de servidores.
Guedes disse ainda que, se o Orçamento for aprovado nesta quinta-feira, o governo poderá disparar imediatamente a antecipação do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas, assegurando mais R$ 50 bilhões sem impacto fiscal.
"Vamos proteger os mais vulneráveis na segunda grande guerra contra o coronavírus", assinalou Guedes. "Tivemos equilíbrio e seriedade da nossa geração de pagar pelas próprias guerras", complementou o ministro.
Além disso, aproveitou para defender o lockdown, para desacelerar o vírus, ea vacinação, para acelerar a imunização. "Se vacinarmos um milhão de pessoas por dia, vacinaremos todos os idosos em pouco mais de um mês. Em 40 dias teremos um novo cenário", afirmou.
Guedes defendeu a ajuda da iniciativa privada para ajudar a compra de vacinas. Permitindo a contribuição de empresários, e em contrapartida estes receberiam isenções.
Como medida de contenção da inflação, citou a independência do Banco Central, aprovado depois de 40 anos. Outros programas aprovados pelo Congresso, Pronampe e BEm, foram essenciais para Guedes pois protegeram 11 milhões de empregos.
Marco Legal do Saneamento e do Gás foram lembrados também pelo ministro, que prometem bilhões de investimento.
Por fim, ele defendeu a privatização do que chamou de "estatais dependentes" para financiar os recursos "na veia" para os mais pobres. Dessa forma "o orçamento sai da mão do governo e vão direto para quem precisa", finalizou o ministro.
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