O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, havia assinado a prorrogação, mas, sem a assinatura de Lira, a decisão ficou em suspense. O presidente da comissão mista, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), defende a prorrogação dos trabalhos por mais um mês.
No Senado, a leitura é de que Lira quer atrair os holofotes para a Câmara no momento em que a CPI começa os trabalhos. A avaliação entre os senadores é de que a reforma não tem como avançar porque o tema mais importante hoje é conseguir aumentar o ritmo da vacinação. Além disso, vários setores empresariais já avisaram que não querem a reforma agora.
Lira se reuniu ontem com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário da Receita, José Tostes. Guedes defende uma reforma dual - aprovação primeiro da fusão dos impostos federais e depois dos Estados e municípios que quiserem se juntar ao tributo federal.
"Entreguei ao ministro ofício endereçado ao relator da matéria dando prazo máximo de 3 de maio para que tenhamos acesso ao relatório", afirmou Lira após o encontro. Ele fez um breve pronunciamento e não respondeu a perguntas.
Em meio à tentativa de retomada da reforma, a assessora especial do Ministério da Economia para reforma tributária, Vanessa Canado, vai deixar a equipe de Guedes. Segundo uma fonte, a saída será "em paz" após o trabalho de Vanessa na elaboração da proposta da CBS. A missão dela é dada como cumprida.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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