O ministro de Minas e Energia, Bento AlbuquerqueMarcelo Camargo / Agência Brasil

Por O Dia
Em meio à pior crise de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas dos últimos 91 anos. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, vai fazer um pronunciamento na cadeia de televisão e rádio na noite desta segunda-feira, 28.  
A assessoria do MME confirmou que o pronunciamento está previsto para as às 20h.
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Em seu pronunciamento, o ministro deve voltar a negar a possibilidade de racionamento de energia, como ele vem dizendo nas últimas semanas.
Pessoas próximas ao ministro afirmaram que o pronunciamento será para tranquilizar a população de que há segurança no fornecimento de energia no país.
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Declaração anterior
Na última quarta-feira, dia 23, Albuquerque, voltou a negar o risco de o País enfrentar um racionamento de energia devido à grave crise hídrica. 
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A declaração do ministro aconteceu depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), voltou atrás e afirmou que a medida provisória que o governo prepara para lidar com a iminência de uma crise energética não irá trazer "qualquer comando relativo ao racionamento".
Pelo Twitter, Lira afirmou que será feito o incentivo ao uso eficiente de energia pelos consumidores de maneira voluntária. Antes dessa correção, Lira havia falado de um "período educativo" de racionamento de energia para evitar crise maior.
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Causas

De acordo com o SNM, o déficit de precipitação na bacia do Paraná está provavelmente relacionado à influência de dois fenômenos atmosféricos de grande escala. O primeiro é La Niña, de outubro de 2020 a março de 2021. O fenômeno traz resfriamento das águas do Oceano Pacífico, diminui a temperatura da superfície do mar, altera o padrão de circulação global e, entre as características do período, reduziu chuvas no Sul do Brasil.

O segundo é a Oscilação Antártica (OA), responsável por alterar o padrão de pressão atmosférica na região. Desde outubro de 2020 a OA tem atuado para impedir que sistemas causadores de chuvas se desloquem sobre as regiões continentais da América do Sul.

A situação de escassez hídrica, no entanto, é anterior. Segundo levantamento feito pelos órgãos a partir da análise de chuvas entre outubro de 2019 e abril de 2021 na bacia do Paraná, apenas em dezembro de 2019, agosto de 2020 e janeiro de 2021 as precipitações ficaram acima da média. "Durante a maior parte do período houve predomínio de déficit de precipitação, principalmente a partir de fevereiro de 2021.

Essa característica se mantém no mês atual, com acumulado parcial de 27 milímetros para a bacia, ou seja, abaixo do acumulado climatológico que é de 98 milímetros. "O SNM alerta que o índice de precipitação na maior parte da bacia hidrográfica apresenta-se moderado a extremo, considerando os últimos 6 e 12 meses, bem como em uma análise de um período mais longo, dos últimos 48 meses. Ou seja, a situação atual de déficit de precipitação é severa", alerta.
Com informações do Estadão*