Bolsonaro faz críticas ao Mercosul e pede redução de Tarifa Externa Comum
O atual presidente também defende a flexibilização de negociações e acordos comerciais com parceiros externos
"O semestre que se encerrou deixou de corresponder às expectativas e necessidades de modernização do Mercosul", disse Bolsonaro - AFP
"O semestre que se encerrou deixou de corresponder às expectativas e necessidades de modernização do Mercosul", disse BolsonaroAFP
Por iG
Uma briga que teve início com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ganha novos capítulos nesta quinta, 8, com críticas do presidente Jair Bolsonaro ao Mercosul. O governo brasileiro quer ir adiante em sua proposta de reduzir a TEC (Tarifa Externa Comum) em 10%, mas enfrenta resistência de alguns países, em especial a Argentina.
"Não podemos deixar que o Mercosul continue a ser visto como sinônimo de ineficiência, desperdício de oportunidades e restrições comerciais. De modo a superarmos essa imagem negativa do bloco, o foco do Brasil tem privilegiado a modernização da agenda econômica do Mercosul", discursou Bolsonaro.
De acordo com o presidente brasileiro, o último semestre, período no qual a Argentina assumiu a presidência temporária do bloco, "deixou de corresponder às expectativas" por não ter avanços em dois pontos defendidos pelo govenro brasileiro: a revisão da tarifa externa comum (TEC) e a flexibilização de acordos unilaterais com países de fora do Mercosul.
"O semestre que se encerrou deixou de corresponder às expectativas e necessidades de modernização do Mercosul. Devíamos ter apresentado resultados concretos nos dois temas que mais mobilizam nossos esforços recentes: a revisão da tarifa externa comum e a adoção de flexibilidades para as negociações de acordos comerciais com parceiros externos."
O Brasil assumiu a presidência temporária do mercado comum nesta quinta, e Bolsonaro pediu, além da redução da TEC, a flexibilidade em relação a parceiros externos ao bloco. Afirmou ainda que quer e conseguirá buscar uma economia do bloco mais arejada com o mundo.
O Brasil assume a cadeira principal após a Argentina, com quem Guedes teve atritos quanto à abertura de mercado.
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