O mercado de trabalho formal registra uma recuperação desde julho do ano passado, mas com a exceção do mês de dezembro, que teve saldo negativoReprodução/ Internet

O Brasil criou 1.536.717 empregos com carteira assinada ao longo do primeiro semestre deste ano. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia. O total é decorrente de 9.588.085 admissões e 8.051.368 desligamentos.
O mercado de trabalho formal registra uma recuperação desde julho do ano passado, mas com a exceção do mês de dezembro, que teve saldo negativo. 
Publicidade
Em junho, o país abriu 309.114 vagas de emprego com carteira assinada em junho. Os números são resultado de 1.601.001 admissões e de 1.291.887 demissões.
O estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em junho deste ano contabilizou 40.899.685 vínculos.
Publicidade
O número positivo se deve em grande parte a reedição do programa de manutenção do emprego e renda (BEm), que possibilita a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada e salários, com um período posterior de estabilidade no emprego.
Neste ano, o programa voltou a valer no final do mês de abril. Foram firmados mais de 3 milhões de acordos entre trabalhadores e empregadores. São cerca de 2,5 milhões de empregadores e 615 mil de trabalhadores envolvidos nos acordo.
Publicidade
No Programa, conhecido como BEm pelo pagamento do Benefício Emergencial, trabalhadores e empregadores entram em acordo para redução de jornada e salário em troca da manutenção e estabilidade temporária dada ao empregado.
O governo federal repõe parte do valor que foi reduzido temporariamente para minimizar a perda da renda do trabalhador. Os acordos podem ter até quatro meses de duração, respeitada a data de vigência do Programa. Assim, o trabalhador pode receber até quatro parcelas – a primeira delas é paga no prazo de 30 dias, contados da data de início da vigência do acordo.
Publicidade
Desde então, o maior volume de operações foi para suspensão de contratos (1.255.330), seguido das reduções de jornada em 70% (746.195), 50% (566.220) e 25% (434.701) do tempo total.

Dos mais de três milhões de acordos, 46,4% foram formalizados em estados na região Sudeste – São Paulo (810.367), Minas Gerais (298.003) e no Rio de Janeiro (288.716), com quase 1,4 milhão de operações. Na região Nordeste, Bahia (204.833), Ceará (173.955) e Pernambuco (143.765) somaram mais de meio milhão de acordos.
Dados de junho
Publicidade
Em junho, os dados registraram saldo positivo no nível de emprego nos cinco grupos de atividades econômicas: serviços, com 125.713 postos, comércio, com 72.877 postos, indústria geral, com 50.145 postos, agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com 38.005 postos, e construção, com 22.460 postos.
Em relação aos postos de trabalho distribuídos nas cinco regiões brasileiras, verificou-se que em junho apresentaram saldo positivo: Sudeste (+160.377 postos, +0,77%), Nordeste (+48.994 postos, +0,75%), 
Sul (+42.270 postos, +0,55%), Centro-Oeste (+35.378 postos, +1,02%) e Norte (+22.064 postos, +1,17%). 
Publicidade
Durante o mês passado, os 27 estados brasileiros registraram saldos positivos. O Rio ficou em terceiro lugar no número de criação de vagas de emprego com 16.002 postos, um aumento 0,50%, ficando atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. O estado paulista contabilizou 105.547 postos, alta de 0,84%, e o estado mineiro com 32.818 postos, com aumento de 0,76%. 
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em junho foi de R$1.806,29. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$ 1,59 no salário médio de admissão, uma variação em torno de 0,09%.
Publicidade
Trabalho Intermitente

Em junho deste ano, houve 20.889 admissões e 13.241 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 7.648 empregos, envolvendo 4.910 estabelecimentos contratantes. Um total de 248 empregados

celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente. Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por Serviços (+4.140 postos), Construção (+1.899 postos), Indústria geral (+1.029 postos), Comércio (+477 postos) e Agropecuária (+103 postos).