Foco dos peritos seriam benefícios pagos a pobres, auxílios-doença e aposentadorias por invalidezDivulgação

A Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP) convocou os peritos médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para uma assembleia virtual nesta quinta-feira, 12, para deliberação de greve nacional. Os representantes são contra os atendimentos para a realização do pente-fino em benefícios por incapacidade que começou a valer neste mês de agosto para 170 mil beneficiários. A associação afirma que o retorno do programa revisional representa a total "improcedência" sanitária, social e econômica para os peritos médicos e aos segurados da Previdência Social, em razão da pandemia do coronavírus (covid-19).
A associação afirma que, caso seja aprovada, a greve não terá como objetivo qualquer ganho remuneratório, mas somente "a exigência pela interrupção da coação e das ameaças que têm sido praticadas contra os servidores e pela preservação dos ganhos funcionais da carreira".
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A ANMP disse que enviou quase 500 ofícios ao Ministério da Economia desde setembro do ano passado, os quais não deram causa a nenhuma iniciativa concreta por parte da administração, conduta que não será mais tolerada pela categoria.
A associação afirmou que já havia denunciado, em setembro de 2020, que o motivo do retorno precipitado da categoria para o atendimento presencial era meramente uma forma de o INSS tentar justificar a inexplicável contratação de 2,5 mil aposentados (1/3 deles militares) no meio de uma pandemia, sob o pretexto de reduzir a fila de espera por atendimentos da autarquia.
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"Passado um ano, a fila está maior e os 2,5 mil aposentados ganharam 120 milhões de reais sem trabalhar, o que ocorreu, por óbvio, em razão da própria pandemia. Recentemente, esses mesmos gestores foram novamente condenados em ação popular por desvio de R$ 2,5 milhões em convocações irregulares de 33 servidores sem motivação idônea para trabalharem em Brasília", afirma a associação.
A categoria afirmou que não vai mais aceitar servir de bucha de canhão para gestores ineptos, como os que atualmente comandam a subsecretaria da PMF e o INSS.
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Na semana passada, a associação afirmou que já havia entrado na Justiça contra a realização do pente-fino. O INSS tinha tido que não recebeu a intimação da ação. "No momento certo, prestaremos informações acerca do processo", diziam, em nota.