Firjan: indústria e comércio do estado do Rio recuperam vagas perdidas no início da pandemia
Federação destaca que o saldo do mês de julho deste ano foi positivo nos setores de serviços (+8.755), indústria e construção (+5.443) e comércio (+4.580)
No acumulado de julho de 2020 a julho de 2021, o saldo de vagas celetistas abertas é de 37.041 - Divulgação
No acumulado de julho de 2020 a julho de 2021, o saldo de vagas celetistas abertas é de 37.041Divulgação
Rio - O mercado de trabalho fluminense iniciou o segundo semestre em alta, com saldo de 18.773 empregos formais no mês de julho. Com isso, o Rio foi novamente o terceiro estado que mais assinou carteiras de trabalho no país. Esse é o segundo melhor resultado do estado na série histórica do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), iniciada em janeiro de 2020.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), por meio da plataforma Retratos Regionais, destaca que o saldo do mês de julho deste ano foi positivo nos setores de serviços (+8.755), indústria e construção (+5.443) e comércio (+4.580). A agropecuária apresentou saldo negativo de cinco vagas. Todas as regiões e 73 dos 92 municípios fluminenses apresentaram saldo positivo de contratações.
A federação também ressalta que, com o desempenho do mês, a indústria, contemplando a indústria de transformação, extrativa, construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), recuperou o patamar de empregos com carteira assinada pré-pandemia. Entre março e junho de 2020, o setor industrial fluminense perdeu 36.511 postos de trabalho formais.
Agora, no acumulado de julho de 2020 a julho de 2021, o saldo de vagas celetistas abertas é de 37.041, superando as perdas do ano passado. “Tivemos um resultado importante na indústria e também no comércio. A intensificação do processo de retomada econômica vai depender principalmente do controle da questão sanitária no país”, diz o presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan, Rodrigo Santiago.
No início da pandemia de coronavírus, o comércio fluminense fechou 49.005 postos de trabalho, mas desde julho de 2020 já abriu 51.142 vagas. Já o setor de serviços foi o mais afetado pelas restrições impostas pela pandemia e iniciou sua recuperação mais tarde. Entre março e agosto de 2020 fechou 111.012 vagas e, desde setembro, já recuperou 64.922 desse saldo perdido.
No agregado de todos os setores econômicos, o estado do Rio já recuperou aproximadamente 8 em cada 10 postos de trabalho perdidos após o início da pandemia: entre março e julho de 2020, houve saldo negativo de 191,2 mil vagas, que foram parcialmente recuperadas com a abertura de 150,5 mil vagas até julho deste ano. Na análise regional, 65 dos 92 municípios fluminenses já estão acima do patamar de empregos formais pré-pandemia - apresentam saldo positivo no período de março de 2020 a julho de 2021.
Construção civil
A plataforma Retratos Regionais mostra que, na indústria fluminense, a construção civil (+2.249) seguiu se sobressaindo no mês de julho, registrando seu melhor desempenho desde agosto de 2020. Destacaram-se também Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos (+1.006), Fabricação de Coque, de Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis (+493) e Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (+426).
No setor de serviços, o maior volume de contratações ocorreu em Restaurantes e Outros Estabelecimentos de Serviços de Alimentação e Bebidas (+1.983). No Comércio, o destaque foi o Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios (+843).
De janeiro a julho de 2021, já foram abertas 82.687 vagas com carteira assinada no estado do Rio, distribuídas entre Serviços (+48.069) principalmente por conta das atividades ligadas à saúde, indústria e construção (+21.314), comércio (+10.202) e agropecuária (+3.102). Das 92 cidades fluminenses, 84 registram saldo positivo no ano, com destaque para a capital (+28.499), Macaé (+5.103), Duque de Caxias (+4.590), Campos dos Goytacazes (+3.988) e Niterói (3.259).
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