O ministro da Economia, Paulo GuedesDivulgação
'Estamos removendo essa fábrica de desigualdades', diz Paulo Guedes
Ministro apresentou seu projeto de reforma tributária em que mais de cinco milhões de empresas pagarão menos impostos, assim como 32 milhões de declarantes assalariados
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 2, que a equipe econômica tem se esforçado para remover uma "fábrica de desigualdades" ao apresentar seu projeto de reforma tributária, que está sendo avaliado na Câmara. "Estamos removendo essa fábrica de desigualdades, que foi o governo. O governo sempre tributou muito e sempre tributou mal", afirmou ao sair da reunião do Conselho de Saúde Suplementar, no Ministério da Saúde.
Guedes enfatizou que, com a proposta, mais de 5 milhões de empresas vão pagar menos impostos, assim como 32 milhões de declarantes assalariados. Por outro lado, com a inclusão da impostos sobre dividendos, a ideia do governo, de acordo com ele, é o de tributar o rendimento de capital. Há 25 anos, reforçou nesta quinta, esses investidores não pagavam impostos.
"Na Previdência, (o governo) fabricava desigualdades. No crédito público, dando dinheiro para campeões nacionais, fabricava desigualdades. Essa foi a primeira recuperação econômica em 48%, que foi para pequenas e medias empresas. No regime tributário também fabrica dificuldades, justamente quem ganha mais e vivia de rendimentos não pagava impostos", disse o ministro.
Guedes aproveitou para agradecer "ao excelente trabalho de coordenação" feito na Câmara pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e também a atuação do relator da matéria, Celso Sabino (PSDB-PA).
Ele acrescentou que o governo está ciente de que o projeto pode sofrer alterações, e não ser aprovado na íntegra. "Da mesma forma que aconteceu na reforma da Previdência. Isso é a democracia. Você chega com a proposta e sofre alteração", comparou, lembrando que até partidos da oposição fizeram mudanças no texto original, mas que o resultado foi de uma votação expressiva.
O ministro considerou ainda que, após passar pela Câmara, o texto ainda seja objetivo de revisões. "Ainda é possível que haja um ajuste ou outro porque agora vai para o Senado. Vivemos em democracia, aceitamos sempre resultado do Congresso", garantiu.
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