Café da manhã do brasileiro acumula alta de 9,40% nos últimos 12 meses, segundo levantamento do FGV IbreInternet

Rio - O preço do café da manhã do brasileiro acumula alta de 9,40% nos últimos 12 meses, de acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O índice é ligeiramente mais baixo que a inflação do mesmo período, que ficou em 9,60% (IPC-DI/FGV). O valor do café em pó disparou 28,69% e o custo do pãozinho, que também não pode faltar na primeira refeição do dia, subiu 8,13%.
Outros itens analisados também registraram alta: o preço do queijo minas cresceu 12,70% e o da margarina aumentou 24,30%. Ainda segundo a pesquisa, a inflação do café da manhã só não pesou mais no bolso do consumidor, porque o leite longa vida registrou pequena variação (0,67%), dando um refresco na média da inflação.
Para Matheus Peçanha, pesquisador do FGV Ibre e responsável pelo estudo, os preços dos alimentos ainda devem se manter em patamar elevado. "Apesar de várias commodities alimentícias aparentarem ter superado a crise climática, sobretudo milho e soja, a transmissão de preços desde o produtor de ração, passando pelo pecuarista até chegar ao consumidor final leva tempo, e uma nova tendência de alta no câmbio pode atrapalhar o preço do pãozinho", explicou o economista.