Com a inflação e juros em alta, a caderneta de poupança fechou janeiro de 2022 com recorde de saques em comparação aos depósitos Pixbay
Mês de janeiro registra recorde de saques líquidos na caderneta de poupança
Retiradas superaram os depósitos em R$ 19,666 bilhões, superando o recorde negativo anterior que era do primeiro mês de 2021
Brasília - Com a inflação nas alturas, juros subindo e atividade econômica fraca, a caderneta de poupança fechou janeiro de 2022 com a maior saída de recursos em um único mês da série histórica do Banco Central, iniciada em 1995. No mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 19,666 bilhões, superando o recorde negativo anterior que era do primeiro mês de 2021 (R$ 18,154 bilhões).
Em 2021, a caderneta de poupança teve o terceiro pior desempenho anual da história, com retiradas líquidas de R$ 35,497 bilhões, após registrar em 2020 o maior saldo da história (R$ 166,310 bilhões), em meio ao auxílio emergencial e à maior tendência das famílias de guardarem dinheiro no início da pandemia de covid-19
Em janeiro de 2022, os depósitos somaram R$ 260,494 bilhões, enquanto os saques foram de R$ 280,160 bilhões. O mês, tradicionalmente, já tem mais saques que depósitos na poupança, em função das despesas de início de ano.
Entre elas, estão o IPTU, o IPVA, a matrícula de filhos em escolas particulares e os gastos com material escolar.
Considerando o rendimento de R$ 5,398 bilhões no período, o saldo total da caderneta somou R$ 1,016 trilhão no fim de janeiro.
Atualmente, com a taxa Selic a 10,75% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), atualmente em zero, mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17%). Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita com TR mais 70% da taxa básica de juros.
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