Camelôs ocupam a entrada da estação de Ramos, na Zona Norte, com barracas de venda de roupas, doces e acessórios de celularReprodução

Rio - Após o auxílio anunciado pela prefeitura do Rio aos ambulantes por conta do cancelamento do Carnaval, o Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) se uniu para pressionar a gestão municipal para ajudá-los nesse período ainda crítico em razão da pandemia da covid-19. De acordo com o movimento, o número de ambulantes que precisam do auxílio é quatro vezes maior que esse.
De acordo o MUCA, esse benefício é restrito a ambulantes cadastrados pela Ambev. Na intenção de atender a toda essa demanda e pressionar a prefeitura a rever o plano e estender o auxílio a todos os trabalhadores de rua no Carnaval, a Rede Meu Rio, da ONG Nossas, lançou a campanha https://auxiliocamelo.meurio.org.br/.
Procurado pelo O DIA, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS) esclareceu que tem direito ao auxílio os ambulantes cadastrados, de forma impessoal e via edital, pela empresa que ganhou a licitação feita pela Riotur, por meio do Caderno de Encargos, para organizar o Carnaval de blocos de rua 2020.
De acordo com a prefeitura, o auxílio de R$ 500 pago em parcela única vai contemplar 9.262 pessoas. O pagamento será feito na próxima sexta-feira, 18. O programa que vai beneficiar mais de 9 mil ambulantes na cidade. O investimento será de mais de R$ 4,6 milhões para pagamento do benefício. Cada trabalhador receberá uma parcela única. Os interessados poderão acessar o site carioca.rio e informar o CPF para saber se têm direito ao benefício. Quem estiver apto deverá fazer um cadastro até o dia 17 deste mês. 
No Carnaval de 2020, foram movimentados mais de R$ 4 bilhões, com a presença de dois milhões de turistas na cidade carioca, segundo dados da Riotur. Um estudo da SMDEIS, em parceria com a Fundação João Goulart, verificou que os ambulantes trabalham em mais de 600 desfiles, en cerca de 500 blocos autorizados. Sendo 30% na Zona Norte, 25% na Zona Sul, 23% no Centro e 20% na Zona Oeste. Entre os ambulantes, 52% são homens, enquanto 48% mulheres.