Trabalhador deve entrar na loja de aplicativos do celular, buscar FGTS e depois instalar a ferramentaMarcelo Camargo/Agência Brasil

Após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que o governo federal estuda a possibilidade de liberar o saque de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a população quitar as dívidas, uma nova rodada pode estar próxima. Para os trabalhadores que querem consultar o saldo, basta seguir os próximos passos.
A consulta ao saldo do fundo deve ser feita pelo aplicativo FGTS ou pelo site da Caixa Econômica, porém, neste caso, somente para correntistas do banco.
O trabalhador deve entrar na loja de aplicativos do celular, buscar FGTS e depois instalar a ferramenta. Depois, deve selecionar a opção "Cadastre-se". Lá, preencher todos os dados solicitados: CPF, nome completo, data de nascimento, e-mail e cadastrar uma senha de acesso.
A senha deve ser numérica, com seis dígitos. Para quem já usava o aplicativo, pode repetir o mesmo número de senha que usava antes. Depois de incluir seus dados, clicar no botão "Não sou um robô". 
O trabalhador vai receber um e-mail de confirmação no endereço de e-mail informado se é mesmo a pessoa. Para isso, é necessário acessar e clicar no link que foi enviado. Após o cadastramento, abrir o aplicativo e informar o “CPF” e “Senha” cadastrada.
Após o login, aparecerão algumas perguntas adicionais sobre a vida funcional. Após responder essas perguntas, o trabalhador deve ler e aceitar as condições de uso do Aplicativo, clicando em concordar. Por fim, o trabalhador poderá usar a ferramenta. 
O FGTS é um direito do trabalhador com carteira assinada e só pode ser retirado em condições específicas, como em caso de demissão sem justa causa, compra da casa própria ou aposentadoria.
Nesta terça-feira, em evento do banco BTG Pactual, Guedes disse que a liberação do FGTS pode ser uma das medidas para o crescimento econômico. "Podemos mobilizar recursos do FGTS também, porque são fundos privados. São pessoas que têm recursos lá e que estão passando por dificuldades. Às vezes, o cara está devendo dinheiro no banco e está credor no FGTS. Por que não pode sacar essa conta e liquidar a dívida dele do outro lado?", disse Guedes.
Com a aproximação das eleições, a liberação do FGTS é vista como uma saída para a pressão que o atual governo sofre e assim aumentar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas, para isso, o governo pretende editar uma medida provisória (MP) para autorização do novo saque. 
Em dezembro de 2017, o ex-presidente Michel Temer liberou o saque das contas inativas do FGTS. A medida atendeu 25,9 milhões de pessoas que retiraram o montante total de R$ 44 bilhões.
No seu primeiro ano de governo, Bolsonaro autorizou o saque imediato de R$ 500 de contas ativas e inativas do FGTS. Além disso, no mesmo ano, a medida também foi ampliada e liberou-se o Saque Aniversário, no qual os trabalhadores podem sacar uma parte do saldo do fundo no mês do aniversário da pessoa. O saque imediato foi pago a 60,9 milhões em mais de R$ 28,2 bilhões.
Para atenuar a crise provocada pela pandemia do coronavírus, Bolsonaro recorreu ao FGTS de novo como uma medida de enfrentamento. Em abril de 2020, o presidente autorizou o saque emergencial do FGTS no valor do salário mínimo da época (R$ 1.045). Para isso, o governo extinguiu o Fundo do Pis/Pasep e transferiu todo o saldo para o FGTS. Dessa vez, mais de 31,7 milhões de trabalhadores retiraram mais de R$ 24,2 bilhões.