Prefeitura do RioDivulgação / Fabio Motta

Rio - Servidores do município do Rio de Janeiro vão fazer um ato na próxima terça-feira, 8, para cobrar recomposição salarial de 19,23%, referente à inflação acumulada desde fevereiro de 2019, quando houve a última correção. Eles também reivindicam Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para os servidores da saúde. O movimento está marcado para as 11h de terça na entrada principal da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, na Região Central.
A manifestação é organizada pelo MUDSPM, Movimento em Defesa do Servidor Público Municipal, e pelas entidades que o compõem. Os servidores pontuam que a categoria está há três anos sem um reajuste ou recomposição salarial. Além disso, também destacaram que os servidores da saúde não têm plano de cargos, carreiras e salários. "Reivindicamos PCCS para saúde do Rio", dizem os organizadores do ato. Os servidores pedem ainda descongelamento dos triênios e reajuste dos auxílios alimentação e transporte.
"Nosso VR nunca foi reajustado desde a criação no governo (do ex-prefeito) Cesar Maia (DEM)", afirmam os servidores responsáveis pelo ato. Os servidores também criticam a mudança na contribuição previdenciária: "E ainda tivemos aumento na contribuição para previdência que era de 11% e passou para 14%, agora, incluindo os aposentados que pagam 14% do salário para a própria aposentadoria", afirmaram em comunicado.
Uma das organizadores do protesto, DB, afirma que os servidores estão se manifestando pois sofrem constantemente com as desvalorização. "Durante a pandemia foram votados projetos que atacaram os trabalhadores em especial os servidores públicos. Ainda segue no Congresso a PEC 32 que, se aprovada, destruirá o serviço público e deixará os trabalhadores na mão dos empresários, que só visam os lucros e não o atendimento aos cidadãos", disse a organizadora.
De acordo com ela, no Rio, o ex-prefeito Marcelo Crivella deixou muitos servidores sem o 13% salário de 2019 e o PCCS da saúde dentro da gaveta de onde não saiu até hoje. "Já o prefeito Eduardo Paes no primeiro ano de governo atacou brutalmente os servidores, aumentando nossa contribuição previdenciária de 11 para 14%, taxando inclusive os aposentados, que passaram a ser também responsáveis pelo pagamento de suas próprias aposentadorias. Qual é o trabalhador aposentado que paga sua própria aposentadoria?", questionou ela.
Ainda segundo ela, a atual gestão alega desequilíbrio nos cofres públicos deixados por Crivella. "Apesar de anunciar o saneamento das contas públicas e que havia 7 bilhões em caixa, o prefeito teve a cara de pau de lançar nas mídias o vergonhoso percentual de reajuste de 3°, quando nossos salários deveriam ser reajustado de acordo com IPCA-E acumulado até o mês anterior ao reajuste (lei 3252 de 19/07/2001), cerca de 19,23%", disse ela. 
Ela complementou que os triênios dos salários estão congelados desde o início da pandemia, quase dois anos, enquanto o auxílio alimentação não tem reajuste desde sua criação ainda no governo do ex-prefeito Cesar Maia. No caso do vale transporte, o auxólio só leva em conta o uso de ônibus e não outros modais como metrô, trens e barcas. 
No caso dos servidores da Saúde, uma das organizadoras afirma que eles seguem há anos lutando pelo PCCS - plano de cargos, carreira e salários, negociado com os sindicatos no governo Crivella. "Podia ter mandado para a Câmara, para ser votado, mas não mandou, e agora no governo Paes, o secretário Daniel Soranz guardou o projeto literalmente dentro da gaveta, se recusando a dar andamento a ele e criando um novo PCCS muito aquém da valorização pleiteada pelos servidores da saúde", disse.
"Os famosos heróis da pandemia precisam de dinheiro para pagar suas contas. Os servidores da saúde são certamente os salários mais baixos da prefeitura do Rio atualmente", finalizou ela.
Manifesto do dia 8 é assinado pelas seguintes associações:
AAPO - Assoc. dos Analistas de Planejamento e Orçamento do Município do Rio de Janeiro

ACAM - Associação dos Controladores de Arrecadação do Município do Rio de Janeiro

AFAERJ - Associação dos Fiscais de Atividades Econômicas do Município do Rio de Janeiro

AGENTEFAZ - Associação dos Agentes de Fazenda do Município do Rio de Janeiro

ASSERCAM - Associação dos Servidores da Câmara Municipal Rio de Janeiro

ASSERVISA - Associação dos Servidores da Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro
ASCONT - Associação dos Servidores da Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro

SATEMRJ - Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem

SINCAF - Sindicato Carioca dos Fiscais de Rendas

SINTSAUDERJ - Sindicato dos Trabalhadores no Combate as Endemias e Saúde Preventiva no Estado do Rio de Janeiro

SEPE RJ - Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ

SINDENFRJ - Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro

SINDPSI-RJ - Sindicato dos Psicólogos do Estado do Rio de Janeiro

SEAERJ - Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro

SASERJ - Sindicato dos Assistentes Sociais do Est do Rio de Janeiro

SINMED/RJ - Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro

SINFERJ - Sindicato dos Fonoaudiólogos do Rio de Janeiro.

SINFITO RJ - SIndicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Rio

Associação Círculo Laranja (COMLURB)

MUPM - Movimento Unificado pelas Melhorias (Guarda Municipal)