Rio - Após cinco semanas consecutivas de queda, o preço médio da gasolina comum voltou a subir para os brasileiros. O valor médio do litro passou de R$ 6,560, no período de 20 a 26 de fevereiro, para R$ 6,577, na última semana (entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março). O preço máximo do combustível chegou a R$ 7,859 no país. Os dados são de um levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com a ANP, o litro do diesel avançou de R$ 5,591 para R$ 5,603 no período. É a segunda alta semanal seguida. Nos dois casos, os preços na bomba cresceram mais de 50% desde o começo de 2021. Ainda segundo a ANP, o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, ficou estável, sendo comercializado a R$ 102,64 em média.
O aumento dos combustíveis ocorre diante da alta do petróleo, que iniciou a semana a US$ 130 por barril no mercado internacional devido à guerra na Ucrânia. O governo avalia anunciar ainda nesta semana um novo programa de subsídio aos combustíveis, com validade de três a seis meses, para compensar a elevação do petróleo no mercado internacional e evitar o repasse do preço para a bomba.
Segundo fontes que participam das discussões, o que está na mesa de negociação é reeditar o modelo adotado em 2018, quando o governo do então presidente, Michel Temer, subsidiou o consumo de diesel e, assim, deu fim à greve dos caminhoneiros.
O tema ganhou urgência após o estouro da guerra na Ucrânia, que fez o preço do barril de petróleo tipo brent, negociado em Londres, bater a marca dos US$ 120 na semana passada, o maior valor desde 2012. Os dois países - Rússia e Ucrânia - são grandes produtores de petróleo e gás e o conflito tem efeito direto nesse mercado.
A proposta de subsídio será debatida em uma reunião nesta terça-feira, 8, entre os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, também foi convidado.
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