Lançamento do programa Programadores Cariocas nesta quinta-feiraHugo Barreiro / SMDEIS

A Prefeitura do Rio, por meio das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS) e Juventude (JuvRio) lançaram nesta quinta-feira (31/03) o “Programadores Cariocas”. O projeto terá cinco mil vagas em curso de capacitação na área de tecnologia da informação. Refugiados, negros, mulheres e trans terão prioridade.
O programa faz parte da política pública para formar e qualificar jovens em situação de vulnerabilidade social junto às instituições de ensino já selecionadas pela Prefeitura do Rio. O programa é destinado a refugiados e ex-alunos do ensino público com ensino médio completo.

“Este programa está totalmente adaptado à realidade atual do nosso mercado. Há um déficit de 24 mil vagas por ano no setor de tecnologia da informação por falta de profissionais qualificados. O Programadores Cariocas vai dar oportunidades e empregabilidade para os jovens que mais precisam”, destaca Chicão Bulhões, secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação.

De acordo com a prefeitura, o objetivo é formar cinco mil profissionais nos próximos três anos, sendo 850 com bolsa integral. Os alunos que estudarão através das 4.150 bolsas de 50% pagarão o valor restante apenas após a conclusão do curso e, caso não consigam um emprego em até cinco anos, a instituição parceira assumirá o custo. Através do Programadores Cariocas todos os jovens terão direito a uma ajuda mensal de R$500 e um computador. O curso será exclusivamente presencial e terá duração de seis meses (400 horas).

"Com esse programa, o jovem carioca terá condições de entrar nesse mercado que só aumenta, ano após ano. Tenho certeza de que o Programadores Cariocas mudará a realidade de muitos deles", comenta o secretário especial da Juventude, Salvino Oliveira.

Programa é voltado para jovens em situação de vulnerabilidade social

Para realizar a matrícula no programa é necessário ser residente na cidade do Rio de Janeiro, ter entre 17 e 29 anos, ensino médico completo e ter estudado na rede pública de ensino. As vagas serão preenchidas pelas pessoas que comprovem ser vulneráveis, com base no Índice de Desenvolvimento Social (IDS) calculado pelo Instituto Pereira Passos (IPP). Os refugiados não precisarão ser oriundos de escola pública e nem mesmo estar dentro do IDS.
No próximo mês, será publicado um edital para selecionar as instituições de ensino parceiras. A previsão é que as inscrições comecem em maio e as aulas em junho.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor de tecnologia da informação tem uma crescente empregabilidade, com 79 mil empregos formais no Brasil, em 2021. Apesar disso, os números também mostram que há 24 mil vagas no país não preenchidas, anualmente, por falta de profissionais qualificados. A empregabilidade do setor é de 80% e a remuneração média inicial de R$3 mil.