Considerando as taxas acumuladas em 12 meses, o índice caminhou no sentido oposto e registra aceleração em quase todas as cidades componentes do IVAR entre fevereiro e março Reprodução da internet

Os aluguéis residenciais tiveram aumento de 0,81% no mês passado, após terem subido 2,92% em fevereiro. Com o resultado, o índice passa a acumular variação de 6,24% em 12 meses, a maior nesta base de comparação desde o início da série histórica, em janeiro de 2019. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado nesta quarta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Entre fevereiro e março, a taxa de variação mensal do IVAR desacelerou em todas as cidades componentes do índice. O aluguel residencial em São Paulo passou de aumento de 2,38%, em fevereiro, para uma elevação de 1,30% em março. No Rio de Janeiro, o índice saiu de alta de 2,55% para aumento de 1,44% no período; em Belo Horizonte, de alta de 3,80% para avanço de 2,32%; e em Porto Alegre, de alta de 3,61% para queda de 1,25%.
Considerando as taxas acumuladas em 12 meses, o índice caminhou no sentido oposto e registra aceleração em quase todas as cidades componentes do IVAR entre fevereiro e março. São Paulo (de 2,83% para 4,09%), Rio de Janeiro (de 4,90% para 7,27%) e Belo Horizonte (de 9,32% para 14,11%). Apenas Porto Alegre registrou desaceleração, de 5,46% para 4,98%. 

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), calculado pela Fundação Getulio Vargas, mede a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais em quatro das principais capitais brasileiras – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre – com base em informações anonimizadas de contratos de locação obtidas pelo FGV IBRE junto a empresas administradoras de imóveis. O IVAR representa um aprimoramento das estatísticas sobre aluguéis residenciais do FGV IBRE e também passa a compor as diferentes versões do IPC/FGV no subitem Aluguel Residencial.
O índice é calculado considerando-se o valor dos aluguéis, características dos imóveis e efeitos das variações do mercado. Os dados usados na elaboração do IVAR são valores de contratos fornecidos por um conjunto de agentes do mercado imobiliário que fazem a intermediação de operações de locação. A atualização desses valores ao longo do tempo para um mesmo imóvel ocorre em momentos pré-estabelecidos nos contratos para reajustes, ou por negociações entre as partes no meio desses períodos.
"Um mesmo imóvel é seguido ao longo do tempo em diferentes contratos, como parte da dinâmica natural do mercado. Em qualquer uma dessas circunstâncias, os valores considerados são aqueles efetivamente desembolsados pelos locatários em cada período do tempo, constituindo, portanto, a informação ideal para o cálculo de um índice que reflita a evolução dos fundamentos do mercado imobiliário", destaca a FGV.