Linhas de transmissão de energia elétricaMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Segundo ele, por este motivo, a alta do preço dos combustíveis fósseis, puxada pela guerra entre a Rússia e Ucrânia, não deverá afetar tanto o setor como afetaria no ano passado, quando todas as usinas termoelétricas do País foram acionadas, inclusive as mais caras.
"Vamos ter despacho térmico bastante reduzido este ano e a sinalização dos agentes que não terá esse problema de abastecimento, podemos ficar tranquilos. Se esse conflito tivesse acontecido no ano passado, aí teríamos situação bastante complicada", afirmou Ciocchi.
Para 2023, o executivo observou que, apesar de não ter bola de cristal e o setor depender de chuvas, que não são previsíveis no longo prazo, a expectativa é que seja um ano ainda melhor do que este do ponto de vista do abastecimento energético.
"Tem muita geração nova entrando, muita linha de transmissão entrando, então em 2023 estaremos melhor do que neste ano. Se mantido os reservatórios nesses níveis, teremos 2023 ainda melhor que este ano, mas sujeito a chuvas e trovoadas", brincou
Ciocchi mostrou otimismo e avaliou que neste ano o Brasil não terá problemas de escassez hídrica como no ano passado, devido a um período úmido mais favorável do que em 2021.
"Estamos com reservatórios em boa condição e só vamos ter despachos térmicos na ordem de mérito, alguma coisa vamos precisar em setembro ou outubro, mas na ordem de mérito, a expectativa é passar todo esse ano com bandeira verde", disse Ciocchi.
O subsistema Sul ainda preocupa, segundo Ciocchi, mas as chuvas de abril estão se mostrando acima das expectativas, o que deve melhorar também o nível de armazenagem de água naquela região.
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