Com o desemprego elevado e inflação em alta, as pessoas estão direcionando os gastos para o consumo básico de comidaDivulgação
Desde que foi demitida de uma empresa de serviço de limpeza, Viviane vive com o seguro-desemprego de R$ 1.200. Foi a primeira vez que ela ficou inadimplente com o pagamento da conta de luz. A decisão da ex-faxineira e de milhões de brasileiros que se viram pressionados pela tarifa de energia elétrica engrossou as estatísticas de inadimplência.
"O aumento da inadimplência de contas de água e luz retrata a situação do País", disse Merula Borges, coordenadora financeira da CNDL.
Com o desemprego elevado e inflação em alta, as pessoas estão direcionando os gastos para o consumo básico de comida e até se arriscam a ter luz e água cortadas ao deixar de pagar a conta. Ela lembra que no passado o avanço da inadimplência dessas contas básicas oscilava entre 2% e 3%.
No caso das dívidas não pagas com bancos, elas sempre lideraram o ranking da inadimplência. Normalmente, esse tipo de calote é o que mais cresce e que responde pela maior fatia da inadimplência (60%). "É relativamente mais fácil deixar de pagar banco."
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