O comerciante Hebert Ramos percorre diferentes municípios do Rio e tem notado a queda dos preços nos postos de combustíveis L. Alavarenga/Divulgação
"Deu para aliviar o bolso. Já melhorou bastante, espero que continue assim daqui para frente", disse Ramos.
Se comparado ao valor praticado no período anterior ao decreto, quando a gasolina custava em média R$7,80, o impacto da redução do ICMS foi de R$2,09 no estado. O valor é bem acima do esperado pelo governo, que era uma redução de R$ 1,19. Já a queda do preço do etanol foi de R$ 1,10. A estimativa era de R$ 0,70. Antes da fiscalização, o preço médio cobrado pelo etanol era R$ 5,98.
Desde o dia 4 de julho, o Procon-RJ tem feito fiscalizações nos postos de combustíveis. Até o início deste mês, 723 postos já foram vistoriados, 314 orientados quanto ao Decreto Federal 11.121 - que determina a exposição dos preços praticados no dia 22 de junho deste ano e do valor atual -, e 122 autuados.
Durante ação de fiscalização, no último dia 3, o preço médio constatado em 23 postos da Zona Norte e Oeste da região metropolitana, Itaguaí e no sul fluminense, foi de R$ 5,71 para a gasolina e R$ 4,88 para o etanol, demonstrando a constante redução de valor.
Quem também sentiu reflexo positivo no bolso foi o instrutor de autoescola Valdinei Félix, de 34. Ao abastecer a moto na qual dá aulas em um posto de combustível no Caju, na Zona Norte do Rio, ele comemorava o preço de R$ 5,59 da gasolina e R$ 4,69 do etanol.
"Com a baixa do preço do combustível, temos mais rendimento das aulas. Hoje, estamos dando a mesma quantidade de aulas e gastando menos combustível", disse Félix.
Já o motorista Alex Cardoso, de 48, lembrou que chegou a ver o preço da gasolina por R$ 8,20 na cidade do Rio. Ainda de acordo com Cardoso, a alta do combustível foi um dos fatores para deixar de ser taxista e atuar como motorista particular. Na última terça-feira, porém, ele conseguiu encontrar gasolina por R$ 5,59 em um posto de combustível em Olaria, Zona Norte do Rio.
"Eu tenho um táxi e fui muito prejudicado. O preço da gasolina estava impraticável. Agora, está bem melhor, com certeza", relatou Cardoso.
De acordo com o presidente do Procon-RJ e secretário de Desenvolvimento Econômico, Cássio Coelho, as fiscalizações serão mantidas.
"As operações serão contínuas, buscando avaliar e garantir que a redução do tributo seja de fato repassada ao consumidor final", afirmou o presidente do Procon-RJ e secretário de Desenvolvimento Econômico, Cássio Coelho.
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