Com a isenção do IR sobre pensão alimentícia o governo federal deixa de arrecadar cerca de R$ 1,05 bilhão por anoMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Com o veto do último embargo de declaração, a estimativa da Receita Federal anexadas ao processo pela Advocacia-Geral da União (AGU) é de que o governo federal deixe de arrecadar cerca de R$ 1,05 bilhão por ano.
O impacto fiscal pode ser ainda mais significado, pois os pensionistas que tiveram o dinheiro recolhido pelo governo podem agora pedir a restituição via Justiça, até o prazo legal máximo de cinco anos. Dessa forma, cerca de R$ 6,5 bilhões poderão sair dos cofres públicos nos próximos cinco anos.
O STF ainda rejeitou outro pedido da União, que pedia esclarecimentos sobre a isenção de IR no caso das pensões pagas em decorrência de acordos extrajudiciais, que são registradas em escrituras públicas e não passam pelo crivo da Justiça.
Na petição, a AGU argumentou que, nos casos específicos, o valor das pensões chega a ultrapassar a faixa mais alta de renda na tabela do IR. Segundo cálculos da Receita Federal, as 40 maiores pensões superam os R$ 2 milhões mensais. Com argumentos parecidos, a União pedia também que o Supremo limitasse a decisão às pensões com valor até o piso de isenção do IR (R$ 1903,98).
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