A Caixa informou recorde no número de pedidos de consignados: em outubro, entre os dias 11 a 20, o marca superou os 206 milhõesReginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - Suspenso desde sexta-feira, 21, a oferta de empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil voltou a ser liberada nesta segunda, 24. Com dificuldades para contratar o serviço pelo aplicativo Caixa Tem, centenas de pessoas enfrentaram longas filas na porta de bancos como a Caixa Econômica Federal (CEF) ao longo do dia.
Por conta da alta demanda, as agências de Santa Cruz, na Zona Oeste, e nos municípios de Seropédica e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, anteciparam o horário para garantir o atendimento à população. Em nota, a Caixa informou que o número de pedidos de empréstimo bateu recorde.
Entre 11 e 20 de setembro, cerca de 20 milhões beneficiários contrataram o serviço pelo Caixa Tem. Em outubro, entre os dias 11 a 20, o número superou os 206 milhões. De acordo com o banco, 80% das solicitações foram concluídas. A grande procura pelo serviço provocou lentidão no processamento, motivo da queixa de milhares de clientes.
Outra reclamação recorrente é o cancelamento do pedido após a aprovação do empréstimo consignado no aplicativo Caixa Tem. Pedidos com menos de três meses de recebimento do Auxílio Brasil tiveram restrições. Sem resposta, milhares de beneficiários têm procurado diretamente as agências para resolver o problema.
A linha de crédito havia sido suspensa na sexta-feira para manutenção do sistema. No entanto, no mesmo dia, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou, em parecer técnico, que o empréstimo consignado via Auxílio Brasil fosse suspenso com a justificativa de não "interferir politicamente nas eleições presidenciais".
O empréstimo consignado é uma medida provisória do governo federal para os beneficiários de programas sociais de transferência de renda, como o Auxílio Brasil e pode comprometer até 40% do benefício. A taxa de juros não pode ultrapassar 3,5%. A proposta sofreu críticas e encontrou resistência no mercado. A maioria dos grandes bancos privados do país recusou a oferta de empréstimo por meio de medidas de transferência de renda de projetos de assistência social.