Lojistas apostam no aumento das vendas em 2023Philippe Lima
Otimismo de empresários melhora em relação ao futuro de seus negócios, segundo pesquisa da Fecomércio RJ
Em relação ao quadro de funcionários, 22,3% dos comerciantes disseram que esperam aumentar ou aumentar muito nos próximos três meses
Sondagem do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), feita entre os dias 1º e 11 de dezembro, com 242 empresários do comércio de bens, serviços e turismo, mostra que o resultado da expectativa futura dos seus negócios não se alterou em relação a novembro. Em dezembro, o percentual de empresários que esperavam que seus negócios melhorassem ou melhorassem muito nos próximos três meses aumentou de 63,4% (novembro) para 66,1%. No entanto, também houve crescimento nos que esperam que a situação piore ou piore muito, que representam 21,1%, contra 20,6% em novembro. Os que têm expectativa de estabilidade diminuíram de 16% para 12,8%.
A situação presente voltou a cair. Em relação aos últimos três meses, 26,9% dos entrevistados disseram que os negócios melhoraram ou melhoraram muito, contra 37,4% do mês anterior.
No setor de serviços, a situação dos negócios nos últimos três meses apresentou uma ligeira queda em relação à pesquisa anterior. 37% dos consultados disseram que a situação melhorou ou melhorou muito em dezembro. Em novembro, eram 39,7%. Para os próximos três meses, 70% esperam que a situação melhore ou melhore muito, enquanto 75,9% esperavam isso no levantamento anterior.
Empregos
Em relação ao quadro de funcionários, 22,3% dos empresários do comércio disseram que esperam aumentar ou aumentar muito nos próximos três meses, enquanto 24,1% esperavam o mesmo na pesquisa de novembro. Nos últimos três meses, 10,4% afirmaram que a situação melhorou ou melhorou muito. Na pesquisa anterior, eram 8,9%.
Já 8,9% dos empresários do setor de serviços afirmaram que o quadro de funcionários nos últimos três meses aumentou ou aumentou muito, o mesmo índice da pesquisa anterior. Para os próximos três meses, 25,6% dos entrevistados disseram que o número de empregados deve aumentar ou aumentar muito. Na sondagem de novembro, esse índice era de 26,8%.
Inadimplência
O índice de empresários do comércio adimplentes nos últimos três meses ficou em 52,9%. Na pesquisa anterior, 61,5% não ficaram inadimplentes. O número de inadimplentes ou muito inadimplentes aumentou de 21,4% em novembro para 25,2% em dezembro. 21,9% disseram ter ficado pouco inadimplentes, contra 17,1% da sondagem anterior.
A inadimplência com fornecedores (36,8%) é o principal motivo relatado pelos empresários do comércio. Bancos comerciais (32,1%), tributos federais (29,2%), luz (23,6%) e aluguel (20,8%) são os outros motivos para a inadimplência.
No setor de serviços, a quantidade de empresas que não ficaram inadimplentes nos últimos três meses aumentou em relação à pesquisa anterior. Em dezembro, esse número foi de 58,8%, contra 54,9% de novembro. As inadimplentes ou muito inadimplentes ficaram em 23,1% apresentando queda em relação ao levantamento de novembro (25,1%). 18% ficaram pouco inadimplentes, segundo a nova sondagem, enquanto em novembro o índice foi de 20%.
Das empresas que tiveram dívidas nos últimos três meses, os cinco principais gastos estão associados a tributos federais (31,6%), fornecedores e bancos comerciais (ambos com 28,9%), aluguel (28,3%) e luz (25,1%). Tiveram mais de um tipo de inadimplência, 56,7%.
Demanda por serviços/bens
Para 58,3% dos empresários do comércio, a demanda pelos serviços/bens para os próximos três meses aumentará ou aumentará muito. Na pesquisa anterior, esse índice estava em 52,9%. O número dos que acham que a demanda se estabilizará apresentou queda: 19,8% em dezembro contra 25,3% em novembro. Já 21,9% declararam que esperam que diminuirá ou diminuirá muito, índice próximo ao do mês passado (21,8%).
A demanda insuficiente é o principal fator que limita os negócios, segundo 42,1% dos empresários do comércio consultados, seguido de 36,8% que disseram ser as restrições financeiras e 13,2% a falta de mão de obra.
Para os empresários do setor de serviços, 15,7% disseram que a demanda diminuirá ou diminuirá muito pelos bens/serviços de suas empresas nos próximos três meses. Em novembro, 11,1% tinham essa impressão. 61,3% afirmaram que aumentará ou aumentará muito, contra 63,9% no mês passado.
Sobre o limitador dos negócios no setor de serviços, 43,8% dos entrevistados disseram que a demanda insuficiente é o principal fator, seguida das restrições financeiras, com 36,4%, falta de mão de obras, com 12%, e falta de espaço e/ou equipamentos, com 8,2%. 19,1% apontaram mais de um motivo que limitam seus negócios.
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