'É bom que os preços dos alimentos se acalmem após dois anos muito voláteis', avaliou Máximo Torero, economista-chefe da FAOValter Campanato/Agência Brasil
Preços mundiais dos alimentos seguem em queda, aponta FAO
Índice de custo dos óleos vegetais, que baixou 6,7%, impulsiona diminuição
Os preços mundiais dos alimentos caíram ainda mais em dezembro, ao término de um 2022 marcado pela alta dos valores. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira, 6, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O Índice de Preços de Alimentos da FAO, que acompanha a evolução dos preços internacionais de uma cesta de produtos básicos, caiu 1,9% em relação ao nível de novembro de 2022. Esta é a nona queda consecutiva após o aumento recorde em março - uma consequência do início da invasão russa da Ucrânia.
O indicador situa-se em 132,4 pontos em média no mês de dezembro, "1% menos do que o seu valor um ano antes. No entanto, para o ano de 2022 como um todo (...) o índice se estabeleceu em 143,7 pontos; ou seja, 14,3% a mais que o valor médio de 2021", indicou a FAO.
"É bom que os preços dos alimentos se acalmem após dois anos muito voláteis", avaliou Máximo Torero, economista-chefe da FAO. É primordial "manter-se em alerta e concentrar-se em mitigar a insegurança alimentar global", acrescentou.
O índice de preço dos óleos vegetais, que baixou 6,7%, impulsiona essa queda mensal. Os preços dos óleos de palma, soja, canola e girassol caíram em dezembro, atingindo seu nível mais baixo desde fevereiro de 2021.
O valor dos cereais recuou 1,9% em relação ao mês de novembro, devido à maior disponibilidade de trigo após as colheitas no hemisfério sul e à queda dos preços mundiais do milho.