Lojistas cariocas temem os efeitos dos feriados nas vendasRovena Rosa/Agência Brasil

Com o excesso de feriados nacionais em 2023 — 12, sendo nove caindo em dias úteis com possibilidade de serem "enforcados" — o comércio varejista do Rio de Janeiro pode perder R$ 3,8 bilhões em receitas de vendas no ano. Cada dia parado representa uma perda média de cerca de R$ 320 milhões. Ao longo do ano o comércio terá mais de 20 dias de movimento prejudicado. A estimativa é do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio).
Segundo o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, apesar dos acordos feitos com o Sindicato dos Empregados do Comércio que permitem as lojas abrirem, os feriados vão penalizar os comerciantes, principalmente os proprietários lojas de rua, especialmente os da região central da cidade. Com os “enforcamentos”, há a possibilidade de o consumidor folgar cerca de 20 dias, incluindo os sábados, considerado pelo varejo o melhor dia de vendas da semana.
“Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio. São mais de 20 dias (quase um mês) de vendas depreciadas. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem os comerciários, que deixarão de vender; o próprio consumidor, que não pode comprar, e o governo, que deixa de arrecadar impostos. No caso dos comerciários, estimativa do CDLRio e do SindilojasRio mostra que eles podem perder quase um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas — e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício”, explica Gonçalves.